e dá início às comemorações de dez anos da marca
Coleção “Atelier” foi apresentada em desfile virtual que tem como protagonista as mãos de quem exerce o ofício de fazer moda, celebrado num espetáculo de dança
Fotos: Marcus Sabah
No dia 3 de junho, às 21 horas, foi ao ar o fashion film da coleção Atelier, da Handred, dentro da programação híbrida da São Paulo Fashion Week N53. É o primeiro capítulo de um marco na história da etiqueta carioca do diretor criativo André Namitala, a comemoração de seus dez anos de trajetória.
A marca se define como um ateliê onde são criadas peças cheias de memória, com respeito ao tempo e o cuidado do olhar. Ela mantém sempre em perspectiva o clima litorâneo que embasa sua identidade desde sua fundação. Assim, as celebrações dos dez anos se abrem olhando para sua força-mãe: o ateliê criador, centro vital que renova a Handred a cada dia.
O fio condutor do fashion film é o trabalho da equipe de costureiras, alfaiates e modelistas. Os sons do ateliê envolvem o espectador no clima do lugar, com o ritmo das tesouras, máquinas, agulhas, linhas e com o olhar da câmera nos tecidos, com as estampas características da coleção, que saem da mesa de corte e voltam às mãos das costureiras.
As roupas da coleção Atelier são apresentadas num espetáculo que mistura modelos e bailarinos. As manifestações fundamentais da cultura brasileira são parte essencial do DNA da Handred, que faz sua leitura autoral, contemporânea e fresca através da moda. Prova disso são as coleções da marca versando sobre lugares e nomes-chave do repertório cultural do país, como Copacabana e Brennand. Em Atelier, o diálogo cultural se solidifica com a presença da dança como elemento narrativo da coleção. "Para os dez anos, escolhemos celebrar o ofício e quem o realiza, através da arte", diz André Namitala.
A silhueta da coleção afirma a característica do DNA da marca, equilibrando fluidez e linhas arquitetônicas. Mas não são formas contidas: elas se projetam para fora através de volumes e sobreposição de camadas. A coleção Atelier é passional e marcante, não só pela modelagem, mas também pelos tons de vermelho que são o destaque da cartela de cores, pontuada por branco, off-white e suas variações.
Esses tons colorem as estampas Vulcão e Treliça. A estamparia é marcante e destaca o padrão Vulcão, que simboliza a relação sanguínea com o ofício e a explosão de ideias envolvida no processo criativo da Handred. O design de superfície extremamente apurado, que resulta em matérias-primas exclusivas, é outro integrante dos códigos criativos da marca e, nesta coleção, isso está nas intervenções de bordados e crochês sobre a estamparia. Além dos tecidos seda e algodão, estampados ou lisos, a linha explora ainda o efeito de luz e sombra do veludo.
A passionalidade chega com as celebrações de aniversário da marca, mas também traduz o mundo que volta a se movimentar e a vontade de festejar que esteve tão latente nos últimos anos. Por isso, a coleção é um convite a assistir de perto o artesanal, a perceber os novos limites criativos da Handred, expandidos a partir do olhar da marca e de seu criador para sua própria trajetória, num inverno quente e fluido.
Ficha Técnica
Direção Criativa: André Namitala Direção e Roteiro: André Namitala e Quinta-feira
Consultoria de Estilo, Trabalhos Manuais e Estamparia: Lúcia Koranyi
Direção de Arte: Quinta-Feira
Gerente de Marketing/Produção Executiva: Gabriela Dore
Comunicação: Gabriela Dore e João Schiavo
Design: Juliana Carro e Flipmags
Vídeo, Edição e Cor: Quinta-Feira e Flipmags
Direção de Fotografia: Marcos Ribas
Styling: Felipe Veloso
Beleza: Max Weber
Trilha Sonora: Paloma Audio & Thiago Lanis
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