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Nunca é tarde para fazer algo novo: Ana Pizzol usou a pandemia para se reinventar.



Por Evely Oliveira




Como todos sabem a pandemia acertou em cheio a economia brasileira, e muitos setores profissionais precisaram se reinventar.

O que afeta diretamente o ramo de eventos. Segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), até fevereiro deste ano mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados (entre shows, festas, casamentos, congressos, rodeios, eventos esportivos, sociais e outros).

Então, como bem podemos imaginar, esses profissionais tiveram um grande desafio pela frente: o de se reinventar.

E é sobre isso que vamos falar hoje. Conheçam a historia da Ana Pizzol, essa mulher incrível que já se reinventou algumas vezes na vida e nunca deixou a "peteca cair".


Espero que a história dela possa inspirar você também.


"Oi, eu sou a Ana Pizzol, tenho 30 anos.

Eu sempre amei o mundo da beleza, durante a adolescência eu era a amiga que maquiava todas as amigas, sempre fui ligada à maquiagem. Mas acabei indo para um lado totalmente diferente quando escolhi fazer faculdade de Relações Internacionais. Nada a ver comigo. Hehehe

Durante a faculdade inventei de ir estudar fora, me aventurei nos Estados Unidos por 2 (2010 a 2012) anos como AuPair (programa de intercâmbio onde você mora na casa de uma família, onde você trabalha como Nanny das crianças dessa mesma família e pode estudar). Eu toda animada fui cursar matérias que eu pudesse conseguir equivalência aqui no Brasil, até tentei fazer alguns cursos mas minha carga horária de trabalho era extremamente puxada e eu não conseguia me dedicar aos estudos, acabei reprovando em algumas matérias. No semestre seguinte, minha hostmother (a mãe da casa onde eu morava), sabendo da minha luta pra conseguir os créditos estudantis e sabendo que eu amava maquiagem (eu gastava todo meu salario em maquiagem, todo sábado eu pegava meu cheque, saia pro shopping e voltava com sacolas e mais sacolas da sephora, da mac, da ulta, etc) me deu um curso universitário de maquiagem. Foi incrível, foi quando aprendi visagismo, foi quando me encontrei. Nos últimos meses que estava morando lá eu fazia até freelance em um salão.

Voltando pro Brasil, voltei para a faculdade e depois de tentar de tudo (dar aulas de inglês, entrar em empresas de pirâmide, tentar dar aula de inglês particular) fui pro caminho que quase todos os meus colegas de curso foram: multinacional.

Mas eu não era feliz. O que me fazia feliz era reunir a mulherada do trabalho para dar cursos de automaquiagem, ou maquiar minhas amigas e colegas quando elas tinham algum evento.

Até o dia que resolvi largar tudo para viver de maquiagem, isso foi em 2015. Foi muito desafiador. Afinal, o maior fluxo de eventos acontece nos finais de semana.

Logo que foquei em divulgar meu trabalho como maquiadora, a minha colega mais próxima da ultima empresa que trabalhei me ligou dizendo que iria casar e que eu iria maquiar ela, que ela não aceitava não como resposta. Eu fui, relutante e com muito medo. Afinal eu sabia que era o dia mais importante dela e nada poderia dar errado. Eu me apaixonei. Foi o dia que me senti mais realizada na vida trabalhando. Daí decidi que queria fazer só isso da vida. Fui atrás de mais cursos, mais especializações em maquiagem e aprender a fazer penteados também, pra ser o combo inteiro e facilitar para as minhas noivas não precisarem ter duas profissionais para cuidar da beleza delas. Montei meu primeiro cantinho num coworking amor que tenho um carinho imenso, o Cafofo. E a partir disso tudo começou a tomar forma, eu comecei a empreender de verdade, me olhar como empresa, estudar para fazer acontecer e não precisar mais fazer outra coisa. Eu estava em constante crescimento até chegar a Pandemia que estamos vivendo. Foram 24 reagendamentos de 2020 para 2021, e já fiz + de 10 de 2021 para 2022.

2021 foi o ano mais desafiador da minha vida. Pouco antes da Pandemia chegar eu tinha fechado contrato com uma sala para montar meu Studio. Acreditei que a Pandemia não fosse durar mais que 6 meses e aproveitei esse tempo para investir na decoração, deixar tudo lindo para receber minhas noivas. Porém, sabemos que esse não é o cenário que vivemos e infelizmente o mercado que mais sofre com a pandemia é o mercado de eventos. Vi muitos amigos também fornecedores de eventos desistirem, mudarem totalmente de área. Vi muitos se reinventarem.

Eu estava exausta de tudo aquilo já, estava prestes a entregar a minha sala, que eu tinha colocado tanto amor e carinho. Para esperar a pandemia passar.

Até que uma amiga muito querida começou a colocar na minha cabeça que eu tinha que fazer micropigmentação. Eu já tinha feito um curso de micropigmentação de sobrancelhas em 2015, logo depois que fiz o de design de sobrancelhas. E realmente eu não tinha gostado, na verdade eu tinha até criado um trauma. Mas, como tudo que acontece, eu sabia que com o passar desses anos o mercado de micropigmentação tinha evoluído e que com certeza eu encontraria alguém que trabalhasse com técnicas mais inovadoras e que combinasse com meu estilo de trabalho. E realmente eu encontrei, e estudei, estudei muito, e me joguei. Encontrei um novo amor. Me encaixei no grupo de profissionais que se reinventaram para sobreviver a pandemia e hoje sigo feliz e realizada.

Trabalho hoje com micropigmentação de lábios e sobrancelhas. E continuo, por enquanto, atendendo minhas clientes que fazem maquiagem e penteado para ensaios. Aguardando essa pandemia passar para atender minhas noivas. "






Bye, Bye


Tel para contato e agendamentos: (41) 98737-2228.




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