Muitas vezes incompreensível, a depressão é uma doença mental que tem se tornado bastante comum no dia a dia das pessoas. O último mapeamento realizado pela Organização Mundial da Saúde em 2023 mostra que o Brasil possui a maior dominância dos transtornos desta doença na América Latina(5,8% da população), ficando atrás apenas dos Estados Unidos (5,9%).
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Para uma interpretação mais aprofundada e esclarecedora, o Dr. Danilo de Melo aponta os sinais mais expressivos de quem possui a doença, esclarecendo ainda sobre os principais fatores de risco e quais tratamentos são mais adequados.
“Primeiramente se faz necessário diferenciar a depressão de outros sentimentos comuns no ser humano. A tristeza, por exemplo, é parte da experiência rotineira e se dá em resposta a uma situação delicada, difícil. E é momentânea. Já a depressão evolui essa tristeza para algo intenso e contínuo, interferindo nas ações mais básicas do dia a dia da pessoa.”, explica, o psiquiatra e psicoterapeuta.
Dentre os principais sinais, seguem o cansaço excessivo, a perda repentina de ânimo, angústia, irritabilidade incomum, padrões de sono, mudanças no apetite e inclusive a ansiedade. Portanto, é preciso ficar atento a essas manifestações.
“Tais sinais podem surgir de forma isolada ou em conjunto, por isso a atenção deve ser redobrada. E quanto aos fatores de risco, além da predisposição genética, o estresse, condições de saúde crônica, desequilíbrios químicos no cérebro, fatores socioeconômicos como a pobreza e violência, tudo isso pode acarretar o surgimento da depressão.”, acrescenta o Dr. Danilo.
A avaliação clínica detalhada torna-se o diagnóstico mais preciso para detectar a doença. E para tratamento, a combinação entre medicação e terapia ébastante comum. “Os remédios, diferentemente do que se imagina, não causam dependência ou euforia no paciente. E a reorganização emocional vem complementada com a psicoterapia.”, finaliza o profissional.
Vale lembrar que a depressão geralmente necessita de um tratamento contínuo. E a prática de exercícios físicos tem se tornado uma grande aliada durante e depois desse estado clínico do paciente. A doença afeta não só o desempenho no trabalho, mais principalmente as situações mais comuns do cotidiano, como a própria interação social da pessoa.
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