THE QUEENS LAB: A MARCA QUE TRANSFORMOU NOSTALGIA EM ESTILO
- Matheus Hooks/ Editor-In-Chief
- 16 de abr.
- 6 min de leitura

Por trás de cada produto da The Queens Lab, existe uma fórmula mágica que une cultura pop, identidade visual e muito coração. O que começou como um estúdio criativo virou um verdadeiro laboratório de sonhos, onde cada coleção é pensada com a sensibilidade de quem é fã — e entende exatamente como transformar referências icônicas em peças que conversam com a alma (e o guarda-roupa) de uma geração.
Criada por Deisi Pereira Machado e Jennifer Telles Toledo, a The Queens Lab nasceu no meio da pandemia, entre trocas de ideias online e a certeza de que a criatividade é ainda mais potente quando encontra propósito. Deisi, com formação em Direito e atuação na educação, soma à visão estratégica e racional da marca, enquanto Jennifer, designer gráfica com bagagem no marketing, dá vida ao lado mais criativo e emocional. Juntas, elas formam uma dupla que mistura precisão com intuição — e o resultado é uma marca com DNA único.

Antes mesmo de se aventurarem pelo universo dos produtos, as duas usavam referências da cultura pop para ensinar conceitos de branding. A conexão com o universo geek, os hits dos anos 2000 e o carinho por tudo o que desperta nostalgia já estava lá — só faltava materializar tudo isso. A primeira coleção foi um sinal claro de que estavam no caminho certo: uma linha inspirada em Stranger Things, lançada junto com a quarta temporada da série, que traduziu com maestria o universo sombrio e retrô de Hawkins em produtos desejáveis, divertidos e autênticos.
Hoje, o portfólio da Queens cresceu — e muito. De papelaria e acessórios de escritório, a marca passou a oferecer camisetas, moletons, canecas, chaveiros e bonés, todos com uma estética própria que mistura design ousado com uma boa dose de afeto. Nada ali é feito por acaso: antes de lançar qualquer nova coleção, há uma escuta ativa com a comunidade, muita pesquisa e uma imersão profunda nos universos que inspiram os produtos. Afinal, como dizem as criadoras, “o óbvio já foi feito”. A missão da Queens é inovar e criar para quem quer vestir o que ama de forma única.

E se a criatividade é o coração da marca, a estratégia é a espinha dorsal. Antes de desenhar qualquer estampa ou definir um tema, a The Queens Lab conversa com seu público — os Queeners, como são carinhosamente chamados, sonda interesses, testa ideias e cria conexões reais. A escuta ativa é parte vital do processo criativo. O Instagram da marca, por exemplo, é mais do que uma vitrine: é uma revista adolescente dos anos 2000 viva, com direito a testes de personalidade, inspirações de looks, memes e uma curadoria afetiva de tudo aquilo que marcou uma geração.

“Fomos garotas dos anos 2000 que amavam consumir esse tipo de conteúdo”, contam Deisi e Jennifer. “Então, faz todo sentido trazer esse clima de volta. É um resgate afetivo e uma maneira de fazer com que nossos clientes se sintam acolhidos.” E é justamente esse senso de acolhimento que transforma a The Queens Lab em algo maior do que uma marca: é um espaço de pertencimento.

Entrevista exclusiva com as fundadoras:
1. A The Queens Lab nasceu da fusão entre criatividade e estratégia. Como vocês equilibram esses dois mundos na hora de criar uma nova coleção?
A primeira análise antes de ser iniciado o processo de criação de uma coleção é pensar estrategicamente, e ir pesquisando e sondando o quanto o público está interessado no próximo tema ou item que será criado. Desta forma conseguimos primeiro traçar a estratégia e ver o que nosso público está procurando, para depois irmos para a parte criativa da criação da coleção. E para além desse fator, nossa principal estratégia está diretamente ligada à criatividade. Não queremos ser mais do mesmo; o óbvio já foi feito e repetido mil vezes. Nosso objetivo é ser diferente, trazer ideias inovadoras que nunca foram exploradas no nicho de produtos para fãs. Queremos que nossos clientes se sintam autênticos, vestindo aquilo que realmente amam de uma forma única, sem perder a essência de quem são.

2. A primeira coleção temática foi inspirada em Stranger Things. Como funciona o processo de escolher uma referência da cultura pop para transformar em produto?
Para escolher um tema, seguimos três pilares fundamentais. O primeiro é o interesse do nosso público: sempre buscamos entender o que eles realmente amam, afinal eles são a essência de nossa marca, então sempre gostamos de trocar ideias com nosso público para ver quais temas eles curtem mais. O segundo é a oportunidade de encaixar a coleção em uma data específica, como aniversários, lançamentos de temporadas ou álbuns, ou até mesmo shows no nosso país — essas ocasiões são momentos perfeitos para conectar os fãs com o que está acontecendo no universo que amam, assim podemos ir alinhando as tendências com as preferências deles. E, por último, o conhecimento profundo sobre o tema: não criamos nada sem estudar a fundo, sem mergulhar no que está por trás daquela referência, para garantir que nossa criação seja autêntica e verdadeira.

3. Vocês começaram como um estúdio de social media e identidade visual. Em que momento perceberam que era hora de dar o salto para o universo físico dos produtos?
Desde o início sempre foi uma meta bem clara trazer produtos para nossa marca, assim fomos aos poucos fazendo essa migração de nosso trabalho até ficarmos totalmente focadas somente em produtos. Foi uma caminhada muito bem planejada e feita com cuidado, sempre com muita cautela e segurança para que pudéssemos criar o melhor produto para nossa marca.

4. O Instagram da marca remete a uma revista teen dos anos 2000. Qual foi a inspiração por trás dessa estética e por que ela conversa tão bem com a comunidade de vocês?
Um dos pilares de nossa marca é a nostalgia, então buscamos sempre trazer elementos que tragam esse sentimento e que façam referência aos Anos 2000/2010. Esse era um período em que a cultura pop era vivida de forma intensa, com uma identidade própria, e as revistas teen eram um reflexo disso, coloridas, divertidas, e cheias de personalidade. Isso sempre esteve dentro do branding de nossa marca e já é reconhecido por nossos clientes, afinal eles são pessoas que gostam de reviver sentimentos bons dessa época. Nós também fomos garotas dos anos 2000 que adoravam consumir esse tipo de conteúdo. Amávamos ler sobre a vida dos artistas, fazer testes de personalidade e entender mais sobre comportamentos. Tudo isso você encontra em nosso perfil. Gostamos de imaginar o Instagram da nossa loja como uma verdadeira revista, onde nossos clientes, de alguma forma, se sentem acolhidos e abraçados. Isso é algo realmente especial para nós.

5. Vocês têm uma comunidade super engajada. Como é a relação com os fãs da marca e de que forma essa troca influencia as criações da Queens?
A troca constante com os nossos Queeners é fundamental para todas as nossas criações. Estamos sempre muito atentos ao que eles desejam e àquilo que os move, por isso, o primeiro passo é sempre ouvir. Realizamos enquetes, trocamos ideias, e anotamos com carinho cada sugestão que nos chega. Nós temos uma relação muito aberta com nossos clientes, respondemos a todas as mensagens de nosso instagram e whatsapp, temos também um grupo onde trocamos muitas ideias e é de lá que vem muitas de nossas inspirações. Atendemos com o maior respeito e educação cada um de nossos clientes e embalamos todas as caixinhas com muito amor, além de que todos os itens de nosso unboxing tem um significado e função.
6. Hoje, a The Queens Lab é um espaço de pertencimento. Qual foi o momento em que vocês sentiram que tinham criado algo maior do que apenas uma loja?
Percebemos que a Queen’s era mais do que uma loja quando começaram a chegar os depoimentos das nossas clientes. Sempre recebemos mensagens que nos emocionam profundamente — como pessoas dizendo: “aqui não me sinto sozinha, é um lugar onde percebo que muitas pessoas gostam das mesmas coisas que eu” ou “quando entro no site, volto pra minha adolescência… revivo aquelas memórias felizes, quando o que eu gostava era tudo que importava”. Isso fala muito sobre quem somos e o que queremos continuar construindo.
Isso tudo ainda é um sonho para gente, ver como nossa marca impacta a vida de cada um dos Queeners é uma sensação inexplicável. Hoje nossa marca é muito mais do que só produtos, é um lugar de trocas, identificação e lazer. Buscamos acima de tudo trazer uma experiência para nossos clientes, assim quem visita nosso Instagram, vai ver muito mais do que uma vitrine de produtos, tem muito conteúdo e diversão também o que faz que a gente se diferencie da maioria.
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