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Viúva Negra: o adeus merecido?

Ontem estreiou nos cinemas e no Disney+ o filme “Viúva Negra”, e é preciso dizer que já era hora. Natasha Romanoff é uma personagem que, infelizmente, foi pouco explorada pelo Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).


Dizer que esse filme demorou para chegar só por causa da pandemia seria uma mentira. Os heróis da Marvel foram introduzidos às telonas em 2008 e, com excessão dos filmes “Vingadores”, essa é a primeira vez que a personagem deixa a posição de coadjuvante.


Scarlett Johansson em cena de “Viúva Negra”. Foto: IMDb.

Com “Viúva Negra”, a Marvel Studios finalmente tem a chance de explorar uma das personagens mais complexas, carismáticas e interessantes. Infelizmente, essa oportunidade não é aproveitada em sua totalidade.


A ideia e a história do filme são ótimas. Nossa heroína decide parar de fugir do passado e resgatar mulheres que, assim como ela, sofrem e são obrigadas a se tornarem espiãs e assassinas. Quem recruta a personagem de Scarlett Johansson é a sua irmã e, após se reunirem com dois espiões que fingiam ser seus pais, tentam cumprir a missão.


Cartazes individuais do elenco. Fotos: IMDb

O tema do abuso e submissão do do sexo feminino é apresentado de forma sensível, o que faz com que em alguns momentos a ideia desejada não seja claramente apresentada para o público.



Imagem de divulgação de “Viúva Negra”. Foto: IMDb.


O abuso e o machismo, enquanto tópicos extremamente importantes a serem abordados, entram em colisão com a proposta de conhecermos melhor a história dessa personagem. Talvez o primeiro filme deveria contar como Natasha se tornou uma agente da S.H.I.E.L.D e esse poderia ser uma sequência.


Mas não pense que esse texto é só críticas. As cenas de ação e luta, como sempre, não deixam a desejar. Outro destaque do filme é Florence Pugh, que interpreta Yelena, irmã de Natasha. A interação das duas é o grande destaque do longa-metragem. A teimosia de Yelena quando em colisão com o sarcasmo de Natasha, entretém e diverte, deixando nós, os espectadores, querendo mais.


Scarlett Johansson e Florence Pugh, que interpreta Yelena Belova. Foto: IMDb.


“Viúva Negra” é um ótimo filme de ação e é sempre bom ver uma mulher no papel de heroína, sem precisar ser resgatada por um homem. Porém o longa-metragem não faz jus à personagem.


A dificuldade do estúdio de contar histórias femininas é perceptível nesse filme, e infelizmente Natasha Romanoff não foi aproveitada da forma que merecia. Mas depois de ver a forma em que Yelena foi introduzida no universo cinematográfico e do sucesso de WandaVision talvez haja uma luz no fim do túnel. Esperamos que as próximas personagens femininas ganhem o destaque que merecem.

Não deixem de acompanhar os próximos posts! Abraço!


Vitor de Freitas

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