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  • Patricia Dias: Entre Passarelas e Alturas, Um Estilo Que Voa Alto

    ‘MODEL’ COVER EDITION - JANUARY 25 ISSUE Photographer: Felipe Maaker - @felipemaaker Nesta edição especial da Hooks Magazine, Patricia Dias brilha na capa como um símbolo de autenticidade e versatilidade. Dividindo seu tempo entre a moda e a preparação para uma carreira na aviação, Patricia encarna a perfeita união de criatividade e disciplina, duas forças que definem sua trajetória e inspiram sua visão para o futuro. Para Patricia, a moda é mais do que estética: é um meio de autoexpressão que a acompanha desde sempre. Seja desfilando, fotografando ou criando, ela transforma cada projeto em uma extensão de sua personalidade. Essa paixão pelo universo fashion se conecta de maneira surpreendente com sua jornada na aviação, que trouxe novos aprendizados sobre foco, organização e a beleza da funcionalidade. Viajar, para ela, é muito mais do que mudar de cenário. Cada destino visitado oferece uma nova perspectiva sobre estilo e cultura, enriquecendo sua criatividade. A Suíça, com sua elegância minimalista, Paris, com sua essência clássica, e a vibrante Ibiza, que a inspirou a ousar e explorar novas formas de expressão, são exemplos de como o mundo influencia sua abordagem à moda. Olhando para o futuro, Patricia vê a moda e a aviação como forças complementares. Seu sonho é usar cada destino não apenas como ponto de passagem, mas como cenário para capturar histórias e traduzir culturas em criações únicas. A moda, para ela, é uma linguagem global que conecta pessoas e celebra a autenticidade de cada indivíduo. Confira entrevista com Patricia: 1: Como você concilia sua paixão pela moda, desfiles e fotografia com sua preparação para ingressar na aviação? Sempre acreditei no equilíbrio entre as coisas que amo. Enquanto a moda faz parte da minha essência, minha preparação para a aviação está me ensinando a ter foco, disciplina e organização. A moda me dá a liberdade de criar e explorar minha personalidade, enquanto a aviação representa uma nova jornada de crescimento e disciplina. Mesmo na rotina intensa de estudos, reservo momentos para me conectar com a criatividade, participando de projetos, fotografando e desfilando. Essa dualidade entre moda e aviação mantém minha vida dinâmica. 2: O que te atraiu para o mundo da aviação e como essa experiência de preparação influencia sua visão sobre moda e estilo? O que mais me atrai na aviação é a possibilidade de explorar culturas diferentes e conhecer pessoas de todo o mundo. Mesmo na fase de preparação, percebo como esse universo é elegante e inspirador. A aviação combina sofisticação com funcionalidade, algo que tem tudo a ver com a moda. Isso me faz pensar mais em como unir estilo e praticidade no meu dia a dia. 3: Quais são os desafios e as semelhanças que você encontra ao transitar entre esses dois mundos tão diferentes, mas igualmente fascinantes? O maior desafio é conciliar as expectativas. A moda exige criatividade e espontaneidade, enquanto a aviação é muito voltada para disciplina e segurança. Porém, ambos compartilham a necessidade de transmitir confiança e autenticidade. Na moda, é essencial ter personalidade para se destacar, e acredito que o mesmo se aplica à aviação. Ser quem você é, enquanto segue padrões e mantém profissionalismo, faz toda a diferença. A sensação de se reinventar e estar sempre pronta para novos desafios também conecta os dois mundos. 4: Como as viagens impactam sua criatividade e inspiração para trabalhos na moda? Algum destino em especial te marcou? Viajar me dá uma nova perspectiva sobre tudo. Cada destino tem seu próprio ritmo, estilo e cultura, e isso acaba me inspirando. Por exemplo, estar na Suíça me fez apreciar o minimalismo e a sofisticação, enquanto lugares como Paris me conectam com a essência clássica da moda. Ibiza em especial foi um lugar que realmente transformou minha forma de enxergar a moda. A atmosfera criativa da ilha e a liberdade com que as pessoas se expressam me motivaram a me arriscar mais, a experimentar combinações ousadas e a sair da minha zona de conforto. É um lugar onde a moda é arte e cada pessoa parece contar sua própria história através do que veste. Essa experiência me ensinou a valorizar ainda mais a originalidade e a buscar novas formas de expressão no meu estilo pessoal e nos projetos de moda que participo. 5: Como você vê a relação entre o estilo pessoal e o uniforme na aviação? É possível incorporar sua personalidade enquanto veste algo tão padronizado? Sim, é possível! Uniformes são uma base sólida que representam a identidade da companhia, mas pequenos detalhes podem expressar personalidade. Pode ser um penteado diferente, um batom que complemente o uniforme ou até a maneira como você carrega a postura e o sorriso. Na aviação, aprendi a ser criativa mesmo dentro de padrões, o que é algo que também aplico na moda. 6: Quais são seus objetivos futuros tanto na moda quanto na aviação, e como você imagina combinar essas duas paixões em sua vida? Quero construir uma carreira sólida seja em uma companhia aérea internacional ou pilotando aviões. Enxergo a aviação como uma ponte para explorar o mundo e criar conexões profundas com diferentes culturas, cada destino será uma oportunidade de photoshootings. Minha visão é usar cada destino para capturar a essência local e combinar isso com minha paixão pela moda, criando e contribuindo com marcas do mundo todo. Desejo unir viagem, estilo e arte em uma narrativa única e global.

  • Mário Henrique, CEO da HSA Digital, explora regulamentação, inteligência artificial e o futuro do empreendedorismo digital

    O CEO da HSA Digital, Mário Henrique, compartilhou sua perspectiva sobre questões que estão moldando o futuro do empreendedorismo digital. Ele abordou temas como a regulamentação da profissão de criadores de conteúdo, o impacto da inteligência artificial no mercado e estratégias para diversificar negócios. Photos Disclosure Press Ao discutir a regulamentação da profissão de influenciador, Mário ressaltou os benefícios que a transparência e a formalização podem trazer ao setor. “A regulamentação é super positiva, porque essa transparência vai viabilizar um melhor relacionamento entre marcas, agências e criadores de conteúdo. Para os criadores, é uma grande conquista, pois garante reconhecimento profissional. Além disso, permite solucionar questões como as NCS de maneira mais prática, não apenas pelo MEI, mas também por outras vias” , afirma. Sobre estratégias para o futuro, Mário compartilhou uma iniciativa ousada: a criação de uma produtora própria. “Minha estratégia para diversificar formatos em novas plataformas em 2025 inclui abrir uma produtora. Funciona como uma roda gigante: o dinheiro que antes ia para empresas de audiovisual externas, agora vai girar dentro do meu próprio negócio. Isso otimiza os recursos e fortalece nossa estrutura” , explica. Quando o tema é inteligência artificial, Mário destacou tanto as possibilidades quanto os desafios que ela representa. “Estamos em um momento delicado, onde é necessário estudar muito. A IA é uma ferramenta incrível, mas é uma linha tênue. Apesar de seus benefícios, como agilidade e eficiência, ela também traz impactos negativos, principalmente no mercado de trabalho. Além disso, a IA tem a capacidade de preservar a imagem de criadores de conteúdo de forma quase eterna, o que levanta questões éticas e práticas complexas” , analisa. Para o futuro da HSA Digital, Mário tem grandes planos. Ele pretende expandir o casting para 30 criadores de conteúdo com produções de alta qualidade e inaugurar o primeiro escritório físico da agência, saindo do modelo home office. Ele também projeta dobrar o faturamento em 2025, mantendo o compromisso com campanhas éticas e sociais. “Fazemos questão de incluir iniciativas sociais nos projetos das marcas. A nobreza dessas causas impacta diretamente um público maior e fortalece as conexões” , ressalta. Por fim, Mário destacou os desafios no mercado brasileiro, que é o país com o maior número de criadores de conteúdo no mundo. “A concorrência é enorme, com mais de meio milhão de influenciadores. Isso exige que trabalhemos constantemente para que nossos criadores se destaquem com conteúdos únicos, genuínos e que transmitam verdade” , finaliza.

  • A trajetória inspiradora de Vicki Demito e a luta pela Visibilidade Trans

    Photos Bruno Oliveira No mês da Visibilidade Trans, celebrado no dia 29 de janeiro, destacamos a história de Vicki Demito, também conhecida como Vitória Guarizo, uma influenciadora digital e ativista trans cuja jornada tem sido marcada por desafios, conquistas e um compromisso inabalável com a inclusão e a diversidade. Vicki iniciou sua trajetória pública em 2017, ao participar do projeto “Criança Esperança” da Rede Globo. Ela relembra: “Foi uma porta de entrada para muitos outros projetos, como o próprio Instagram na época, onde começaram essas ideias de influenciadores digitais.” Sua participação nesse projeto não apenas a colocou sob os holofotes, mas também a posicionou como uma das pioneiras na era dos influenciadores digitais no Brasil. Ao longo de sua carreira, Vicki enfrentou desafios significativos, incluindo a gravação de um reality show intitulado “Sem Filtro”, que documentou momentos pessoais intensos, como casamento e divórcio. Ela compartilha: “Foram quatro anos gravando e eu ainda não sinto confortável em lançar.” Essa experiência reflete a complexidade de expor aspectos íntimos da vida pessoal enquanto navega pela esfera pública como uma mulher trans. Sempre comunicativa e extrovertida, Vicki começou a compartilhar seu dia a dia enquanto estudava na Espanha. Ela reflete: “Com o tempo, percebi que minha existência era uma maneira de resistência e que contribuía para outras pessoas.” Sua presença online tornou-se uma fonte de inspiração para muitos, evidenciando a importância da representatividade trans nas mídias sociais. Sobre a importância da visibilidade trans, especialmente em um país com altos índices de transfobia, Vicki afirma: “Vejo como uma maneira de resistência, de mostrar que estamos aqui e que não desistimos.” Sua postura resiliente serve como um lembrete da luta contínua por reconhecimento e igualdade de direitos para a comunidade trans no Brasil. Entre os momentos mais significativos de sua carreira, Vicki destaca sua participação no Criança Esperança e uma campanha de beleza para a Revista Capricho em 2017. Ela relembra: “Foram momentos que guardo com muito carinho.” Essas experiências não apenas solidificaram sua posição na mídia, mas também ampliaram a visibilidade trans em espaços tradicionalmente cisnormativos. Para jovens trans em busca de autoaceitação, Vicki aconselha paciência: “Vivemos na era digital, onde tudo é muito rápido, causando ansiedade e comparações. Cada um tem seu processo; confie no seu tempo.” Ela enfatiza a importância de respeitar o próprio ritmo e valorizar a singularidade de cada trajetória. Ela também destaca o papel positivo das redes sociais na amplificação das vozes trans: “Temos informação na palma da mão, o que pode ser usado a nosso favor. Vejo um impacto positivo nessa troca de informações e apoio emocional.” As plataformas digitais têm sido fundamentais para a criação de redes de apoio e para a disseminação de informações relevantes à comunidade trans. Atualmente, Vicki é embaixadora do Selo Vitória, uma iniciativa que promove a inclusão de pessoas trans no ambiente corporativo. Ela compartilha: “É um projeto que tem muito carinho envolvido, muito acolhimento; é o meu sonho atual.” O Selo Vitória é uma certificação criada para reconhecer e incentivar empresas que se comprometem a adotar políticas efetivas de inclusão para pessoas trans, transformando culturas organizacionais e promovendo a diversidade no mercado de trabalho.  Em uma recente viagem a Madrid, cidade que descreve como um refúgio acolhedor e inclusivo para a comunidade trans, Vicki aproveitou para compartilhar sua missão como embaixadora do Selo Vitória. Durante sua estadia, ela realizou encontros com mídias e marcas espanholas interessadas no projeto, ampliando o alcance internacional da iniciativa.  Ao público, Vicki deixa uma mensagem poderosa: “Nós existimos, queremos acolhimento, amor e aceitação. No final das contas, somos todos seres humanos. Menos preconceito e mais amor.” Sua trajetória exemplifica a força e a resiliência da comunidade trans, inspirando a todos a lutar por uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. No mês da Visibilidade Trans, a história de Vicki Demito serve como um farol de esperança e determinação, lembrando-nos da importância de reconhecer, respeitar e celebrar a diversidade em todas as suas formas.

  • Pyde Studio: A Moda como Expressão de Singularidade e Propósito

    Photos: Marcos Calomeno A Pyde Studio surgiu em 2020 como uma resposta a uma busca por significado no mundo da moda. Seus fundadores, já imersos no setor, decidiram criar uma marca que transcendesse tendências passageiras e expressasse suas identidades e paixões. Durante a pandemia, um momento de pausa global, tiveram a oportunidade de amadurecer ideias e estruturar a essência da Pyde: um espaço dedicado a celebrar a individualidade. O nome Pyde vem de "Dépaysement", um termo francês que descreve o sentimento de estar fora do lugar. Essa sensação de deslocamento é o cerne da marca, inspirando desde o conceito criativo até os designs e narrativas das coleções. Peças assimétricas, costuras contrastantes e estampas surreais traduzem esse espírito. Cada item é pensado para provocar reflexão e destacar a singularidade de quem o veste. Desde o início, a Pyde optou por uma produção consciente e exclusiva. Suas peças, muitas vezes numeradas, são confeccionadas em pequena escala para garantir qualidade e autenticidade. A marca evita reabastecimentos e vendas em atacado, reforçando seu compromisso com a exclusividade e a identidade de seus clientes. Essa abordagem desafia o mercado tradicional, onde a velocidade e o volume muitas vezes se sobrepõem ao propósito. Uma de suas coleções mais emblemáticas, "The Outsider", explora a jornada de autodescoberta. Dividida em três atos – "Le Voyage", "L’Appel" e "Le Passage" –, a linha utiliza tecidos desgastados, tons terrosos e detalhes simbólicos para narrar a travessia do indivíduo em busca de propósito. A complexidade do processo criativo foi um desafio, mas resultou em peças que carregam uma mensagem poderosa e íntima. Para a Pyde, a moda é mais do que vestuário; é uma forma de arte em movimento e um meio de conexão emocional. Suas criações são projetadas para inspirar um consumo consciente e permitir que cada cliente se expresse plenamente por meio de suas escolhas. Com embalagens exclusivas e souvenirs especiais para os primeiros compradores, a marca valoriza cada interação com seus clientes, reforçando a ideia de que vestir-se é um ato de expressão e conexão. No cenário atual, onde o fast fashion domina, a Pyde Studio desafia o status quo ao oferecer peças carregadas de identidade e significado. Seu objetivo é criar um impacto duradouro na forma como as pessoas se relacionam com a moda, incentivando a valorização da autenticidade e do propósito. Confira entrevista com Andreza Godoi (Co-fundadora e Designer da marca): 1. A Pyde Studio nasceu durante um momento de incerteza global. Como essa pausa forçada influenciou a essência e os valores da marca que conhecemos hoje? Acredito que a pandemia nos auxiliou a tirar um pouco o foco em realizar peças seguindo modismos para conseguir vender um produto com uma aceitação mais fácil no mercado. O nosso sentimento sempre foi realizar algo que agregasse valor para essa pessoa que escolheu a nossa marca, possuímos um cuidado especial em nossos processos e gostaríamos de transmitir isso para as pessoas - Elas são especiais e merecem o melhor, num espaço onde existem várias marcas só replicando uma cadeia de referências que deram certo, a Pyde buscou trazer esse lugar de diferenciação e identidade. A pausa forçada nos ajudou a amadurecer mais a nossa visão de negócio e o valor que gostaríamos que os nossos futuros clientes enxergassem em nós. A partir daí desenhamos uma marca que não possui coleções com diversas referências e com uma grande produção de cada item, optamos por fazer 15 itens de cada produto para que realmente cada pessoa que possui nossas peças saiba que ela é um recorte importante e que escolheu algo diferente em meio a um mar de gente. Com isso também, em nossas primeiras coleções veio a ideia de não fazer restock de peças e nem abrir para vendas em atacado, para garantir que nossa essência se firmasse como planejávamos e poder estruturar melhor os próximos passos. Algumas pessoas lendo isso devem pensar: ok, estão perdendo dinheiro assim, talvez estejamos mesmo, mas pra gente o foco não é o dinheiro rápido, ele é consequência de criar uma marca que valha a pena acompanhar e que permaneça independente de qual seja o próximo “hype”. 2. A palavra “Dépaysement” inspira o nome e a filosofia da Pyde. Como esse sentimento de deslocamento é traduzido nos designs e narrativas das suas coleções? O sentimento de deslocamento está presente em todos os detalhes da marca, do branding à estética das peças. Isso se reflete em estampas com temas surreais, como carros no céu, estações de trem no espaço e viagens a lugares inóspitos. Cada estampa é nomeada como uma obra de arte, reforçando o que a Pyde deseja expressar. Também traduzimos esse conceito por meio de recortes assimétricos, costuras em cores contrastantes e detalhes que criam uma sensação de estranhamento. Um exemplo que gosto são nossas calças e bermudas jeans. Os bolsos traseiros não são idênticos: o lado esquerdo segue o desenho tradicional, enquanto o direito apresenta um design deslocado. Os travetes possuem fios contrastantes, e se destacam das demais costuras. Cada detalhe foi pensado para simbolizar esse sentimento que define a essência da marca. Em relação às narrativas, estamos construindo esse enredo com o tempo. Os primeiros lançamentos focaram em conceituar nosso branding. A partir da quarta coleção, começamos a explorar uma narrativa que reflete não apenas a essência da marca, mas também um sentimento latente que conecta nosso público às nossas criações. 3. Com produções em pequena escala e peças numeradas, a exclusividade é uma característica marcante da Pyde. Como vocês equilibram esse foco com a demanda crescente por moda autêntica e sustentável? A exclusividade é um pilar essencial da Pyde, e cultivamos isso em todas as nossas criações. Nossas produções em pequena escala e peças numeradas são resultado do compromisso com qualidade e autenticidade. Ao mesmo tempo, reconhecemos a importância de evoluir para atender à demanda crescente. Expandimos nossa gama de produtos, incluindo acessórios que oferecem mais opções aos clientes sem comprometer a exclusividade. Além disso, reorganizamos nossos lançamentos, substituindo grandes coleções ou drops espaçados por seleções mais enxutas, lançadas em intervalos menores. Essa estratégia mantém nossos clientes engajados, evita longos períodos sem novidades e preserva nossos princípios de produção consciente. Esse equilíbrio é essencial para nós, pois permite atender às expectativas constantes do público sem perder a essência que nos torna únicos no mercado. 4. Sua coleção “The Outsider” explora a jornada de autodescoberta e a força encontrada no deslocamento. Quais foram os principais desafios e inspirações no processo criativo dessa narrativa tão simbólica? A principal inspiração para a coleção foram momentos pessoais que me transformaram profundamente. Quis alinhar essas experiências ao que outras pessoas também enfrentam, porque, no fundo, somos todos peregrinos em busca de propósito. Chamamos a coleção de “The Outsider” porque, quando se trata da busca interna, todos somos estrangeiros percorrendo um caminho desconhecido. A coleção é dividida em três capítulos. Começamos com a jornada inicial, onde percebemos a necessidade de reavaliar o que nos cerca. Depois vem o chamado para o novo, o apelo por mudanças e pela reorganização de sentimentos. Por fim, enfrentamos a travessia dos desafios que nos levam ao encontro de um novo eu. Assim procuramos expressar essa busca através de estampas intimistas, peças desgastadas e tons terrosos que se misturam à cores que encontramos nas florestas e também no céu, fazendo essa alusão a caminhada àrida e complexa que um peregrino passaria se precisasse fazer uma longa viagem em busca de algo. Os principais desafios com essa coleção com certeza foram garantir que todo o projeto saísse como de fato criamos e que se traduzisse em peças que contam essa história. Foram muitos processos de lavanderia e acabamentos diversos que não são comuns ao cotidiano de produção dos fornecedores, por isso foi necessário uma grande dedicação da equipe para que tudo desse certo. Posso elencar o tempo como um fator chave. Como se tratavam de produtos muito específicos, tínhamos um curto prazo para executar todas as complexidades das peças. Mas com muita dedicação conseguimos realizar essa coleção que é tão significativa para todos nós e assim poder dividir um pouco de tudo isso com as pessoas que nos acompanham. 5. A Pyde busca criar uma conexão profunda com seus clientes, refletindo suas identidades através das peças. Quais elementos específicos do design ajudam a construir essa ponte emocional entre a marca e seu público? A Pyde foi criada para entregar valor aos seus consumidores. Desde o início, nos preocupamos com o design e os detalhes que tornam nossas peças únicas. Trabalhamos com moldes que oferecem bom caimento, tecidos resistentes e de alta qualidade. Além disso, trabalhamos com várias técnicas diferentes numa mesma peça, como por exemplo: sublimações, bordados e serigrafias, pois sabemos que nossos clientes buscam informação de moda e reconhecem o valor de um bom design. As estampas são um ponto de destaque, representando um universo surreal com mensagens em que o público se identifica. Nossas peças acabam se tornando um meio de expressão e atitude, que reforçam a identidade de quem as veste. O envio é outro ponto que gosto de mencionar, desenvolvemos embalagens que proporcionam uma experiência especial ao receber os produtos em casa. Além disso, a cada lançamento, criamos souvenirs exclusivos para os primeiros compradores, como forma de demonstrar que eles são vistos e valorizados. 6. Arte, design e emoção são pilares do trabalho da Pyde. Como vocês visualizam o impacto dessas criações no cenário atual da moda e na maneira como as pessoas se relacionam com o vestuário? Acreditamos que nossas criações têm um papel essencial no cenário atual da moda e que a arte não foi feita para estar apenas em galerias, mas sim em movimento nas ruas. Vivemos em um momento em que é cada vez mais necessário que marcas apresentem peças pensadas e elaboradas com identidade e autenticidade, desafiando a constante produção de roupas sem propósito que o mercado fast fashion oferece. Hoje ocupamos cadeiras na indústria onde podemos mostrar um pouco através do nosso trabalho o quanto a moda é um veículo potente de autoexpressão e crescimento de valores importantes para sociedades futuras. Por isso, consideramos iniciativas como esta (de dar espaço e voz para criadores) de extrema importância. Elas ajudam a amplificar a mensagem de que a moda pode ir além do consumo de tendências passageiras. O vestuário pode ser um meio poderoso de reflexo da personalidade e dos princípios de quem o veste. Na Pyde, nosso objetivo é oferecer peças que não apenas contem histórias, mas que também incentivem um consumo consciente, alinhado à identidade de cada pessoa. Acreditamos que vestir-se pode e deve ser um ato de conexão com quem você é, e nossas criações refletem essa filosofia e ajudam nosso cliente a trilhar sua própria jornada.

  • Bruno Avelar leva Legendarios para Orlando na Flórida

    Photos Disclosure Press Bruno Avelar, empresário e especialista em conexões, foi um dos organizadores do Legendários Top Master, evento realizado neste último final de semana em Orlando, nos Estados Unidos. O retiro contou com a participação de 173 homens, que passaram quatro dias envolvidos em atividades focadas no desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual. Criado em parceria com o guatemalteco Chap Putson, fundador do Legendários, o Top Master é uma versão especial do evento, que já acumula mais de 800 edições ao redor do mundo. A edição em Orlando contou com nomes de destaque, como Pablo Marçal, Joel Jota, Caio Carneiro, Thiago Brunet, Thiago Fonseca e Diego Marçal, que, juntos, somam 160 milhões de seguidores nas redes sociais. “O Top Master é mais do que um retiro. É um espaço pensado para promover conexões reais e trocas de experiências que impactam diretamente a vida dos participantes”, explica Bruno Avelar. O evento também gerou grande repercussão nas redes sociais, com os participantes compartilhando registros e reflexões sobre os momentos vividos. Para acompanhar mais sobre o Legendários Top Master, visite os perfis dos envolvidos e descubra o impacto desse encontro.

  • Char Paula: Influência e Estilo na Hooks Magazine

    'INFLUENCER' COVER EDITION - JANUARY 24 ISSUE Photography: @photzmuller Hairstylist: @alinecristinahairstylist Makeup: @whygormakeup A capa da edição INFLUENCER da Hooks Magazine apresenta Char Paula, uma das influenciadoras digitais relevantes do momento. Com uma carreira construída a partir da paixão pela moda e da autenticidade no que faz, Char vem mostrando que estilo é muito mais do que seguir tendências – é sobre expressão pessoal e confiança. Desde cedo, a moda foi uma parte importante da vida de Char. O interesse por desfiles e combinações criativas no guarda-roupa durante a infância a levou, anos depois, a compartilhar sua visão de estilo nas redes sociais. Hoje, ela é reconhecida por seu bom gosto e por inspirar outras pessoas a descobrirem e abraçarem o próprio estilo. Char define seu visual como uma mistura de sofisticação e modernidade, sempre com um toque ousado que dá personalidade aos looks. Peças estruturadas, como blazers, estão entre suas preferidas, assim como acessórios marcantes, como bolsas ou sapatos que transformam qualquer produção em algo único. Marcas como Celine, com seu minimalismo elegante, e Gucci, com sua abordagem criativa, são grandes inspirações para ela. Para Char, moda é uma forma de se expressar. Cada escolha, desde as cores até as texturas, reflete sentimentos e identidade, e ela valoriza essa conexão pessoal com o que veste. Sua tendência favorita no momento são as peças oversized e a estética quiet luxury, que privilegia sofisticação discreta. Já as crocs decoradas, por exemplo, não combinam com seu estilo, que é mais alinhado ao clássico e elegante. Char também acredita que o segredo para se vestir bem está em conhecer a si mesmo e investir em peças que tenham a ver com sua personalidade. Para ela, confiança é o elemento mais importante de qualquer look – e é isso que ela busca passar para seus seguidores. Confira entrevista exclusiva com Char Paula: 1: O que despertou sua paixão pela moda e como isso influenciou sua jornada como influencer? Sempre fui fascinada pela maneira como as roupas podem transformar não apenas nossa aparência, mas também nossa confiança. Minha paixão começou na infância, assistindo desfiles e explorando combinações criativas no guarda-roupa. Essa conexão natural com a moda me levou a compartilhar meu estilo e inspirações nas redes sociais, o que acabou se tornando minha carreira como influencer. 2: Como você define seu estilo pessoal e quais elementos considera indispensáveis em seus looks? Meu estilo é uma fusão de sofisticação e modernidade, com um toque de ousadia. Adoro peças que tragam estrutura, como blazers, mas também não abro mão do conforto. Acessórios marcantes, como bolsas icônicas ou sapatos estilosos, são indispensáveis para dar personalidade aos meus looks. 3: Quais são suas maiores inspirações no mundo da moda, seja em marcas, designers ou personalidades? Tenho várias inspirações! Amo o minimalismo elegante de marcas como Celine e o toque ousado da Gucci. Quanto às personalidades, sou fã de Zendaya e Blake Lively, que sempre sabem como misturar sofisticação com criatividade de maneira única. 4: Como você enxerga a relação entre moda e expressão pessoal? Acredita que a roupa pode contar histórias sobre quem somos? Com certeza! A moda é uma extensão da nossa personalidade e uma forma de comunicação visual. Cada escolha – desde as cores até as texturas – diz algo sobre como nos sentimos e quem somos. Acho mágico poder contar uma história sem dizer uma palavra, apenas com um look. 5: Qual tendência atual você mais ama e qual você acha que não combina com o seu estilo? Estou apaixonada pelas peças oversized e pela estética quiet luxury, que traz um ar sofisticado e discreto. Por outro lado, a tendência de crocs decorados não combina comigo – prefiro algo mais alinhado ao meu estilo clássico. 6: Que conselho você daria para quem deseja desenvolver um estilo próprio e se sentir mais confiante ao se vestir? Diria para se conhecer bem e se inspirar, mas nunca tentar copiar. Explore o que funciona para o seu corpo e sua personalidade, e invista em peças-chave de qualidade que reflitam quem você é. Confiança é o melhor acessório que qualquer pessoa pode usar!

  • A Midas Touch: Um Legado de Criatividade e Conexão

    Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr Desde seu nascimento em 2018, a Midas Touch tem se destacado como uma marca que ultrapassa as barreiras da moda, transformando-se em uma plataforma criativa que celebra a originalidade, a conexão humana e a paixão por contar histórias. Fundada por Rodrigo Tinoco e Guido Ferreira, a marca carioca iniciou sua trajetória de forma despretensiosa, com uma pequena coleção de camisetas criadas na sala de estar. Hoje, é uma marca relevante no streetwear nacional, conquistando uma comunidade fiel e apaixonada. O universo da Midas Touch foi moldado pelas paixões de seus criadores pelo cinema, pela literatura e pela cultura pop. "Sempre tivemos um forte ímpeto de criar algo que transmitisse nossos valores e paixões. Cada coleção reflete os momentos de vida que estou vivendo, as paixões, os vícios e as obsessões" , explica Rodrigo Tinoco. Essa abordagem pessoal e autêutica ajudou a marca a construir uma identidade única e uma relação profunda com seu público. Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr No início, a influência de marcas internacionais como Palace e Supreme foi evidente. Mas a Midas Touch rapidamente encontrou sua própria voz, integrando elementos do cinema e da literatura em suas coleções, como na entrega inspirada no filme "Sociedade dos Poetas Mortos" , em 2021. Com o tempo, essas referências tornaram-se mais sutis, permeando a fotografia, os vídeos de campanha e o sentimento geral das peças. “Não somos da moda, e não nos propomos a ser. A gente só gosta de se vestir bem e de contar nossas histórias através das roupas,” afirma Rodrigo. O slogan da marca, “Writing Our Verse,” encapsula essa filosofia. Inspirado por um poema de Walt Whitman e pela icônica cena do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, o lema reflete a ideia de que cada dia é uma oportunidade de escrevermos nosso legado, seja através de grandes conquistas ou pequenos gestos do cotidiano. A serigrafia clássica e a policromia são pilares fundamentais da identidade visual da Midas Touch. Para Rodrigo, o aspecto artesanal da serigrafia e a beleza imperfeita das estampas conferem um toque único às peças. “É algo que simplesmente nos encanta. Amamos o resultado e o desgaste natural com o tempo, que dá ainda mais personalidade às roupas,” diz. Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr Desde o início, a construção de uma comunidade foi essencial para a marca. “Sem a comunidade e a co-criação, não estaríamos onde estamos,” enfatiza Rodrigo. Essa conexão direta com o público é refletida em cada projeto da marca, incluindo a Midas Room, uma label de festas que une moda e música eletrônica. “A Midas Room é uma celebração da nossa essência. É alegre, autêutica e cercada de pessoas que compartilham nosso amor pela música e pela vida.” Photo Daniel Righetti - @daniel.righetti Em 2025, a Midas Touch abrirá sua primeira loja física no Rio de Janeiro, no bairro do Flamengo. Rodrigo descreve o espaço como um reflexo de tudo que a marca representa: “Teremos a vista mais linda do streetwear nacional e um ambiente que mistura transparência, criatividade e conexão com a nossa comunidade.” Com planos para levar a Midas Room a São Paulo e expandir ainda mais seu legado, a marca prova que sua história está apenas começando. Confira Entrevista com Rodrigo Tinoco, um dos fundadores da marca: 1. Como a influência do cinema e da literatura moldou a identidade da Midas Touch e como esses elementos continuam presentes nas coleções da marca? A leitura e escrita sempre foram paixões minhas, fui muito influenciado por meu pai nesse sentido. Uma coisa acaba levando a outra, frequentar o cinema é um prazer que mantemos como rotina no nosso dia a dia por aqui, bem como discutir sobre nossos filmes favoritos. No início da marca, a influência dessas formas de arte eram bem diretas, trazendo citações de filmes e séries ou até mesmo ditando todo o tema de uma coleção a partir deles. Em 2021 por exemplo, tivemos uma entrega inteira dedicada ao filme "Sociedade dos poetas mortos”, filme que acredito ter visto mais de 10 vezes ao longo da minha adolescência. Hoje, essas referências se traduzem de maneira mais subjetiva e menos direta, com influências na fotografia das coleções, ou no sentimento que buscamos transmitir. Durante o desenvolvimento do principal vídeo de nossa última campanha, por exemplo, discutimos sobre a tensão entre as personagens no filme “Challengers” e como isso poderia ser uma fonte de inspiração para o acting dos modelos nessa entrega. Com essas pequenas intervenções, conseguimos trazer de maneira menos tangível e óbvia alguns de nossos gostos do momento, valorizando a entrega final. É um processo bem natural e divertido, porque genuinamente gostamos desse formato de conteúdo. Rodrigo Tinoco - Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr 2. Você menciona que a Midas Touch começou com um foco no skate wear e evoluiu para algo mais único. Como foi esse processo de encontrar a essência da marca e diferenciá-la no mercado? Quando começamos, as referências eram as marcas que consumimos ao longo de nossa infância e adolescência, bem como as expoentes do streetwear internacional. Quiksilver, Spitfire, DC, Diamond, Grizzly, Volcom, Supreme, Palace, são algumas que fizeram parte do nosso dia a dia crescendo no Rio de Janeiro. Naturalmente, todas essas marcas precederam o boom do streetwear que vivemos no Brasil e no mundo entre 2017-2019. Essas marcas eram bem mais alinhadas ao mundo skate e surf, traduzindo o lifestyle nas peças e ditando o que era comum no mercado, mas isso não refletia o que de fato gostaríamos de produzir e consumir. Logo na primeira cápsula, já entendemos que gostávamos de trazer alguma ideia ou ensinamento em cada peça, seja fazendo alguma referência direta a um movimento artístico que nos interessava, como o Renascimento na Europa ou de fato trazendo frases e dizeres relacionados a mitologia grega ou cinema estrangeiro. Esse tipo de narrativa foi se tornando mais comum no mercado nacional e deixou de ser um diferencial da nossa parte, aos poucos elementos comerciais de performance também foram limitando determinadas criações que anteriormente seriam aprovadas, algo esperado com o crescimento da marca. A gente definitivamente se encontrou nas trocas com a comunidade, pilar fortíssimo para a marca. Desde 2018, o processo de contato com o público foi extremamente importante para a compreensão da mensagem que gostaríamos de passar, pode-se afirmar tranquilamente que sem comunidade e co-criação, não estaríamos onde estamos. Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr 3. O slogan “writing our verse” transmite uma mensagem muito pessoal e criativa. Como ele reflete a filosofia da Midas Touch e o impacto que vocês desejam causar no público? Esse slogan foi o resultado de um trabalho um tanto introspectivo da minha parte em 2021, foi uma fase que eu estava experimentando em muitas partes da minha vida, e de certa forma entendendo o sentido de tudo, filosoficamente. Por algum motivo que não me recordo, decidi por mais uma vez rever o já citado "Sociedade dos poetas mortos” e na minha cena favorita do filme o professor apresenta para seus alunos um poema de Walt Whitman que trata justamente sobre o sentido de estar aqui, de viver. Isso virou a chave que eu estava precisando para amarrar os valores e conceito geral da marca. É intencional o fato do writing estar em presente contínuo, e é intencional também usarmos sempre com uma vírgula ao final, mantendo o sentido da continuidade. Escrever o nosso verso no mundo é algo que fazemos todos os dias, e não só nas nossas grandes conquistas. É a maneira como você trata aqueles que ama, e também aqueles que odeia, como lida com suas frustrações e sucesso. Todo dia a gente escreve um pouquinho nesse livro e no final o sentimento que você despertou entre aqueles que interagiu, é o que fica. Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr 4. A serigrafia clássica e a policromia são pilares das coleções de vocês. Por que esses elementos são tão importantes para a identidade visual da marca? Essa resposta aqui é um tanto quanto mais direta, a gente pura e simplesmente gosta muito do resultado. As alternativas de impressões digitais sempre me incomodaram de um ponto de vista estético, além disso, tem um aspecto quase que artesanal da serigrafia tradicional que me agrada bastante. Por muitas vezes, é mais custoso mantermos esse princípio na maneira como as peças são estampadas. O toque do silk pensando na camiseta, o desgaste com o tempo e a definição por muitas vezes imperfeita das estampas, tudo isso somado preenche bastante. De maneira resumida, a gente se amarra nisso tudo. Photo Mateus Augusto Rubim - @mateusamlr 5. Com a abertura da primeira loja física no Rio de Janeiro, o que os clientes podem esperar desse novo espaço? Esse é um assunto que ainda não posso falar muito, prometi a todos que seria um segredo nosso até chegarmos próximos da inauguração. Adianto que teremos a vista mais linda do streetwear nacional na nossa loja, no nosso quintal de casa e tem sido um prazer inenarrável trabalhar nesse ambiente. Nesse âmbito, consigo adiantar que é um ambiente que compartilharemos com escritório, e teremos naturalmente uma área dedicada e exclusiva para atendimento, com amplo espaço para os produtos. É algo que sempre curti, essa transparência em todos os aspectos, a comunidade poder conhecer quem está por trás desse projeto. Nossa expectativa é de apresentar a loja antes do fim do primeiro trimestre, e já adianto que teremos múltiplas celebrações por lá,vai tocar muito house e muito funk no décimo segundo andar. Photo Caio Backer - @___backer 6. A Midas Room é uma extensão criativa da marca no universo da música eletrônica. Como vocês veem a conexão entre moda e música e de que forma essas festas complementam o legado da Midas Touch? A Midas Room é um projeto legal demais, consegue trazer para uma festa toda nossa essência. É tudo muito alegre, cercado de pessoas que tão com esse mesmo sentimento. Eu e Guido compartilhamos essa paixão pela música desde muito cedo, e comemoramos todos os nossos aniversários dessa forma, tocando música que a gente gosta, para pessoas que a gente ama. O projeto viabilizou que a gente tornasse isso um vetor para ampliar a presença da marca para além do ambiente digital e do consumo, ele não visa a venda de ingressos ou aumentar o lucro da empresa, é uma grande celebração das nossas conquistas recentes e de quebra a gente ainda providencia uma noite um pouco diferente pro público que tá cansado dos mesmos eventos de sempre no Rio de Janeiro. Temos planos de levar o projeto para São Paulo ainda esse ano, mas esse é um tópico mais distante. Com o aumento do investimento no projeto, a gente se conectou com diversos nomes interessantes da música eletrônica, e hoje temos o orgulho de apoiar alguns artistas brasileiros que transitam por múltiplos gêneros como house, tech house e funk. Esses artistas passaram a estar sempre vestindo a camisa da marca, denota e conotativamente. Além disso, desde 2022 iniciamos entradas indiretas no mercado de eventos, já estivemos nas principais casas da Zona Sul do Rio e apoiamos algumas festas universitárias. Isso se reflete nas pistas, a gente vê cada vez mais pessoas vestindo a marca. Nos dias de evento, vem tudo junto, muitas pessoas alegres e vestindo Midas, é gostoso demais. Photo Daniel Righetti - @daniel.righetti

  • Kahuany Tufaile: Um Novo Capítulo na Moda de Nova York

    'NEW YORK' COVER EDITION - JANUARY 25 ISSUE Credits / Photographer: @Raffyleal / Photographer: @Marin_photo_nyc / Studio: @raffealstudio / Mackeup: @makeuppacha Kahuany Tufaile estampa a capa da edição 'NEW YORK' da Hooks Magazine, marcando um capítulo significativo em sua carreira de modelo. Com anos de experiência e uma paixão pela arte de modelar, Kahuany abraça este momento com confiança e elegância, apresentando seu estilo único em uma das capitais mais dinâmicas da moda mundial. Sua trajetória até assinar com uma renomada agência em Nova York reflete não apenas sua resiliência, mas também sua preparação para esta nova fase. Ao longo dos anos, Kahuany aperfeiçoou seu ofício, enfrentando desafios e aproveitando oportunidades que a moldaram como modelo. O resultado de seus esforços a levou a este momento decisivo, onde ela está pronta para levar sua presença única ao cenário internacional da moda. Para Kahuany, Nova York representa um lugar de possibilidades infinitas. A energia vibrante e a diversidade da cidade alinham-se perfeitamente com sua visão e ambição. Sua dedicação à excelência e sua capacidade de adaptação e evolução a posicionaram para brilhar nesta indústria em constante mudança. Com foco em campanhas marcantes e parcerias com marcas renomadas, Kahuany está preparada para aproveitar tudo o que este novo capítulo tem a oferecer. Sua história é de perseverança, preparação e paixão, um testemunho de que o sucesso vem não apenas do talento, mas também da dedicação e do timing. Ao entrar no centro das atenções em uma das cidades mais icônicas da moda, Kahuany Tufaile personifica a essência de perseguir sonhos com autenticidade e determinação. Confira agora entrevista exclusiva com Kahuany Tufaile: 1: Como foi o momento em que você recebeu a notícia de que assinaria contrato com uma agência de modelos em Nova York? Eu queria uma agência em Nova York fazia muito tempo. Mas quando cheguei meu inglês não era bom então foquei em aprender inglês e fui deixando isso em segundo plano. Nesse final de ano conheci a dona de uma agência de modelos por acaso, em um evento de amigos, uma amiga que é da agência dela me apresentou e ela me convidou para fazer parte da agência dela. Foi exatamente em um momento que eu não estava procurando e quase não tinha mais esperanças sobre ter uma agencia aqui. Foi uma surpresa e fiquei muito feliz com o convite. Aliás modelar sempre foi parte da minha vida desde pequena. 2: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou para chegar a esse marco na sua carreira? Tive muitos desafios. Já parei de modelar e voltei inúmeras vezes. Comecei minha carreira com 10 anos de idade. Meu sonho sempre foi ser modelo no exterior e viajar todo o mundo. Mas o plano de Deus foi diferente. Demorou muito para eu vir para o exterior. Morei muito tempo em São Paulo onde foi uma base muito boa para minha carreira também. Eu vim para Nova York de ferias há 6 anos atrás, onde acabei ficando para estudar inglês. Conheci muitos fotógrafos e muitos estilista querendo me contratar. Mas para minha surpresa agora quando eu não estava com esperança de agência mais, pois já se passou muito tempo, recebi o convite para entrar na EMG Models. Isso nos mostra que para chegar onde queremos precisamos de preparo, de persistência. E nunca desistir! O plano de Deus é perfeito. E não acontece quando queremos mas quando estamos preparados. E eu acho que todos esses anos foi apenas uma preparação para o que estou vivendo agora. Por mais que na minha cabeça “sempre está tarde” porque achamos que o mercado é para estourar quando somos novas, tenho aprendido cada vez mais a confiar no tempo de Deus! Confiar que cada um tem uma trajetória diferente. E agora mais do que nunca o mercado vem abraçando as modelos mais maduras e não apenas baby faces. E não importa a sua idade, o seu momento de brilhar é quando você está completamente preparada e madura, não apenas quando você está começando. Enfim; para mim o maior desafio sempre foi o tempo. E Deus me mostrando que o tempo dele não é o meu tempo. A gente só não pode desistir e nunca perder a esperança dos sonhos que Deus plantou em nossos corações. 3: Como você enxerga as oportunidades no mercado internacional de moda e como planeja se destacar nele? Como já moro aqui fora tem muito tempo, enxergo o mercado internacional de portas abertas com muitas oportunidades. Tenho visto cada vez mais o mercado crescendo para mulheres com o meu perfil, e acredito que essa seja a hora de me destacar. Dando o meu melhor de tudo o que já vivi até agora. Creio que tenho uma beleza única e diferente e essa é a hora de viver aquilo que Deus planejou para mim. Nova York é a capital do mundo. E ter conseguido uma agência aqui, nesse momento que eu não estava mais procurando, me mostra que mais do que nunca eu estou pronta para isso. Tenho certeza que me destacarei dando o meu melhor e me dedicando totalmente a minha carreira nesse momento. 4: Qual foi o papel da sua equipe ou do seu suporte pessoal para alcançar esse contrato tão importante? Eu não tive nenhum esforço para isso. Como eu disse, o convite veio para mim em um momento em que eu não estava esperando e quase não tinha mais esperanças para isso. Então a minha palavra é apenas GRATIDÃO! 5: Que mensagem você gostaria de compartilhar com outras modelos brasileiras que sonham com uma carreira internacional? Jamais desistam dos seus sonhos! Se preparem! Tenham foco! Não perca a fé! Não importa quantos “nãos” você vai ouvir; no momento certo e na hora certa o SIM virá! Você só não pode desistir jamais!!!!! Perseverança!!!!! “Para o homem pode ser impossível, mas para Deus TODAS as coisas são possíveis”. 6: Quais são seus próximos objetivos profissionais agora que está oficialmente ligada a uma das capitais da moda mundial? Meu objetivo agora é focar totalmente na minha carreira e pegar o maior número de campanhas possíveis. Pegar grandes campanhas e grandes marcas e ter maiores destaques internacionais.

  • GHABI encanta com looks marcantes na virada do ano no Nordeste

    A cantora GHABI foi um dos grandes destaques das celebrações de fim de ano no Nordeste brasileiro. Conhecida por seu estilo único e ousado, a artista chamou atenção ao apostar em produções que combinaram tendências como crochê, cortes estratégicos e transparências. Os looks escolhidos traduziram perfeitamente a vibe descontraída e sofisticada da região, evidenciando sua capacidade de unir moda e identidade pessoal. Photos Disclosure Press Em um cenário paradisíaco, GHABI desfilou modelitos que valorizavam o artesanato local, com peças de crochê feitas à mão, tendência forte nas últimas temporadas. Além disso, ela apostou em cortes assimétricos e estratégicos que trouxeram um ar moderno às produções, enquanto a transparência adicionava sensualidade sem perder a elegância. Para completar, acessórios imponentes, como colares, brincos e pulseiras, conferiram ainda mais personalidade aos looks. Nas redes sociais, os registros da cantora rapidamente conquistaram seus seguidores, que elogiaram as escolhas e o visual exuberante. GHABI não apenas celebrou a chegada de 2025 com estilo, mas também reforçou seu status como um ícone fashion da música brasileira.

  • Coroa: A Moda Que Transforma Memórias em Estilo

    Photo: @acid.vk A história da marca COROA começa muito antes de sua primeira coleção ser lançada, em março de 2020. Criada por Lucas Pacheco, a marca carrega uma essência única, que combina autenticidade, memória e um profundo senso de identidade. Lucas cresceu em Divinópolis, cidade do Brasil, vendendo abacaxis na feira com seus avós e tios, uma atividade que não apenas ajudou a sustentar a família, mas também moldou seus valores e sua criatividade. Essa vivência se tornou o ponto de partida para a criação da COROA, cujo nome faz alusão à coroa do abacaxi, símbolo dessa conexão afetiva. Em 2019, ainda cursando Ciências Biológicas em São João del Rei, Lucas começou a questionar sua trajetória acadêmica. A busca por um caminho que o representasse levou ao desejo de criar algo próprio. A ideia inicial era simples: vender camisetas inspiradas em marcas populares da época. No entanto, com o incentivo de seu pai, ele decidiu investir em uma marca autoral, que traduzisse suas vivências e valores. Assim nasceu a COROA, uma marca que foge do óbvio ao transformar memórias pessoais em coleções com significado. Photo @safesilva Desde o início, a COROA se destacou pela forma como mistura moda e narrativa. Suas primeiras coleções foram inspiradas no universo das feiras livres, com estampas que remetiam ao abacaxi e ao cotidiano de quem vive esse ambiente. Com o tempo, o foco criativo evoluiu, mas a essência permaneceu: cada peça carrega uma história, seja uma homenagem a familiares, uma lembrança de infância ou uma referência cultural marcante. A jornada para transformar a ideia inicial em uma marca consolidada foi repleta de desafios. Lucas enfrentou dificuldades para encontrar bons fornecedores e precisou aprender na prática como construir uma identidade sólida para sua marca. Além disso, lançar a COROA no início da pandemia trouxe obstáculos inesperados. As vendas, que inicialmente eram feitas de forma local e pessoal, precisaram ser interrompidas devido ao lockdown. Apesar disso, a pausa permitiu que Lucas repensasse estratégias e fortalecesse sua visão para a marca. Photo: @acid.vk Lucas acredita que o diferencial da marca está nessa conexão emocional. Ao vestir uma peça da COROA, o cliente não está apenas seguindo uma tendência, mas também se conectando com uma história genuína. A marca, que nasceu de uma mistura de intuição, persistência e paixão, inspira não apenas pela qualidade de seus produtos, mas pela autenticidade de seu propósito. Entrevista exclusiva com o fundador da marca Lucas Pacheco: 1. Como surgiu a ideia de associar a marca COROA ao abacaxi e à sua história pessoal? Você acredita que essa conexão é um diferencial no mercado? A ideia veio da vontade de transmitir, por meio de coleções e campanhas, algo que era muito importante pra mim. Acredito fielmente que seja um diferencial. Muitas pessoas se conectam a histórias e ao que elas se identificam. Photo @safesilva 2. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao transformar sua ideia inicial – de vender camisetas falsificadas – em uma marca autoral e autêntica? Foram vários desafios no começo e ainda são. A falta de conhecimento atrelado a dificuldade em achar bons fornecedores dificultaram bastante o caminhar da marca. Isso influencia bastante a fixação de marca, tendo em vista que a qualidade é um dos pilares principais no inicio. 3. A primeira coleção da COROA foi lançada em março de 2020, pouco antes da pandemia. Como esse momento afetou o início da marca e suas estratégias? No inicio, as vendas eram feitas somente para amigos e conhecidos e as entregas feitas por mim mesmo, pessoalmente. Com o lockdown, não era possível ter contato com os clientes. Dessa forma, ficou inviável trabalhar e ficamos parados durante alguns meses. Foi um período bastante complicado. Photo @safesilva 4. Suas coleções têm uma forte ligação com suas experiências de vida e memórias pessoais. Como você decide quais histórias ou temas serão retratados em cada nova coleção? Basicamente, se algo faz sentido pra mim e me toca de alguma forma, eu transformo isso em uma campanha e tento transmitir isso para a minha audiência. 5. A vivência na feira livre teve um papel central no início da COROA. Como essas raízes ainda influenciam a marca, mesmo que indiretamente? Acredito que a essência de transmitir algo relevante na minha vida. Photo: @acid.vk 6. Que conselhos você daria para jovens empreendedores que, como você, estão tentando conciliar estudos, trabalho e o sonho de criar algo próprio? Acreditar na intuição, fazer o que realmente faz sentido para si próprio e buscar o máximo de conhecimento que conseguir. Uma coisa importante também é sempre dar o primeiro passo e não esperar as condições perfeitas para começar. Photo @safesilva

  • DES PREZO: A Marca Que Está Mudando a Forma de Pensar Moda

    Creative direction - Guilherme Menegat / Photo - Otavio Conci / Make - Débora Camassola / Models - Eric Pauli and Pedro Martini / Set assistants - Rodrigo Santos and Martina Cambruzzi Desde que foi lançada em outubro de 2022, a DES PREZO tem chamado atenção por ser muito mais do que uma marca de roupas. Ela nasceu da vontade de seu fundador Guilherme Menegat , um designer apaixonado por artes visuais e música, de criar algo único e cheio de significado. Inspirada no movimento punk e na cena eletrônica underground, a marca combina rebeldia, estilo e uma visão bem pessoal sobre como a moda pode contar histórias e provocar reflexões. O nome “DES PREZO” reflete bem essa ideia. Ele representa tanto o rompimento com o que é velho e sem sentido quanto a valorização do que é novo e autêntico. Essa essência aparece em todas as peças da marca, que são feitas com muito cuidado em seu próprio estúdio. Lá, uma equipe pequena e super dedicada cria cada detalhe, desde calças com cortes elaborados até bonés bordados e jaquetas com acabamentos únicos. A DES PREZO não segue tendências passageiras ou produz roupas em massa. Cada coleção é pensada para durar e oferecer algo especial, seja nos tecidos, na modelagem ou nos acabamentos. A marca já lançou peças de couro, jeans, malharia e até itens com técnicas inovadoras de estamparia e lavanderia. Esses produtos têm conquistado clientes exigentes e ligados em moda, que buscam algo mais exclusivo e com personalidade. Embora as vendas sejam feitas principalmente online, a DES PREZO já conquistou um público fiel ao redor do mundo. Suas peças são especialmente populares entre artistas e pessoas que procuram um visual diferente para festas ou para o dia a dia, misturando sofisticação e atitude. O sucesso da última coleção foi tão grande que, em apenas dois meses, as vendas superaram o faturamento de todo o ano anterior. Agora, a marca está focada em expandir sua presença e quer levar suas criações para novos mercados. A DES PREZO é para quem não tem medo de ser diferente e busca peças que vão além do comum. Mais do que roupas, a marca oferece uma forma de expressão e um convite para repensar a moda de uma maneira mais profunda e verdadeira. ENTREVISTA COM GUILHERME MENEGAT BIONDO - DES PREZO: A Des Prezo desafia padrões convencionais. Quais são os principais desafios que você enfrenta ao criar uma marca tão disruptiva em um mercado competitivo como o da moda? Desde o início da marca, enfrentei diversos desafios, mas acredito que o principal deles ocorreu logo no começo. Meu objetivo era produzir um produto diferenciado, que se destacasse no mercado de moda brasileiro, oferecendo um olhar mais minucioso para detalhes como recortes, aviamentos, materiais e técnicas de finalização. Durante a primeira coleção, uma cápsula, tentei terceirizar a produção com confecções externas, mas o resultado ficou muito aquém do esperado. A partir da segunda coleção, decidimos internalizar quase todo o processo de produção. Hoje, cerca de 80% das etapas são realizadas por nós: modelagem, corte, costura, design e finalização. Esse controle interno foi fundamental para alcançar o nível de qualidade e estética que buscamos desde o início. Esse foi, sem dúvida, um dos maiores desafios no começo da marca. Outro grande desafio, especialmente para marcas novas no Brasil, é conquistar a aceitação e o reconhecimento do público. Como uma marca que surgiu sem grande histórico ou referência, enfrentamos a barreira natural do consumidor em dar um voto de confiança. Muitas pessoas precisam ver outras usando ou ter experiências positivas para se sentirem seguras em comprar de uma marca nova. Além disso, o mercado está saturado de marcas emergentes, e algumas experiências negativas podem tornar o consumidor mais cauteloso. Furar essa bolha e demonstrar que nosso produto é diferente, que oferecemos qualidade e trabalhamos com uma estética em constante crescimento, tem sido uma tarefa desafiadora. No entanto, acredito que, com mais um ano de atuação, conseguimos consolidar nossa posição no mercado e superar muitas dessas barreiras iniciais. Por fim, é importante destacar que empreender no Brasil, especialmente no setor de moda, é um desafio diário. A cada dia aprendemos e nos adaptamos, sempre buscando aprimorar nosso trabalho e fortalecer nossa marca no mercado. A essência da Des Prezo está profundamente ligada à autenticidade e à individualidade. Como você traduz esses conceitos nas coleções e nos processos criativos da marca? A ideia de ter uma marca não surgiu da noite para o dia. Desde que comecei a imaginar essa possibilidade, há cerca de 10 anos, percebi que seria um processo muito mais profundo e desafiador do que apenas criar peças ou postar fotos na internet. Foi uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento. Como criativo, precisei exercitar a paciência e entender os momentos certos para realizar cada etapa do projeto. Há cerca de 10 anos, tive uma experiência inicial ao criar algumas camisetas com amigos. Naquela época, ficou claro que construir uma marca exigiria muito mais do que eu imaginava. Foi nesse período que comecei a compreender o verdadeiro significado de desenvolver um negócio criativo. Entre esse início e a concretização da marca, tive a oportunidade de me formar e trabalhar em diferentes lugares, onde aprendi muito com as pessoas ao meu redor. Essas experiências foram fundamentais para moldar minha visão e me preparar para dar os próximos passos. Quando finalmente decidi que era o momento certo para desenvolver as peças que eu realmente queria criar, percebi que, mesmo achando que estava preparado, o processo prático revelou o quanto ainda havia para aprender. Esse aspecto é, para mim, uma das partes mais interessantes: o constante desafio de se reinventar, buscar informações novas, descobrir fornecedores, testar diferentes tecidos, explorar técnicas de lavanderia, acabamento e estamparia. Cada uma dessas etapas contribui para diferenciar um profissional que se acomoda no mercado daqueles que buscam se aprimorar continuamente. Acredito que essa dedicação ao desenvolvimento contínuo é o que realmente define o sucesso no setor de moda. Não é apenas sobre criar roupas, mas sobre construir um processo que permita inovar e evoluir constantemente. Essa busca diária por melhoria é o que torna a jornada desafiadora, mas também incrivelmente gratificante. Você mencionou que “Des Prezo” simboliza resistência e renovação. Como esses valores se refletem na jornada da marca desde sua fundação em 2022? Acredito que o nome da marca, por si só, já carrega uma força muito significativa: DES PREZO. Para responder essa pergunta, acho importante explicar um pouco sobre o porquê dessa escolha. O “DES” me remete ao passado. É um prefixo de negação, e, para mim, simboliza a rejeição a ideias e conceitos impostos pela sociedade com os quais muitas vezes não concordo. Já o “PREZO” representa o futuro. Ele está associado ao que desejamos, ao que almejamos criar e construir. Essa dualidade entre passado e futuro é um pilar essencial da marca. Quando penso no meu trabalho, busco desenvolver estampas e artes que provoquem, que intriguem, e que façam as pessoas refletirem. Quero que elas sintam que há algo mais por trás, algo que as convide a questionar. Mesmo quando a mensagem parece desconfortável ou negativa à primeira vista, tento transformar esse sentimento em algo que faça o espectador parar e repensar. Essa abordagem se reflete também nas nossas campanhas e na identidade visual da marca, que foge do convencional. Talvez, à primeira impressão, nem todos entendam ou gostem, mas quem mergulha mais fundo percebe o propósito e a coerência por trás de cada escolha. Para mim, a DP é mais do que apenas roupas ou design. Ela é um espaço onde posso expressar minhas vivências e inquietações. Desde a adolescência, sempre tive sentimentos e ideias que, naquela época, não conseguia externalizar ou discutir. Hoje, através da marca, consigo transformar essas experiências e dar voz ao que antes estava reprimido. Mas faço isso de uma maneira transformadora, porque já não olho para o meu passado com os mesmos olhos. Além disso, não dá para falar de moda sem pensar na dimensão social. Todos sabemos que o mercado da moda pode ser cruel e injusto, especialmente para quem trabalha nos bastidores. Quando decidimos criar nossa própria linha de produção, fizemos questão de estabelecer um ambiente de trabalho onde as pessoas fossem valorizadas, bem remuneradas e tivessem prazer em colaborar conosco. Para mim, isso vai muito além da roupa. A DP tornou-se um ecossistema. É um reflexo dos valores que eu defendo e do impacto que quero deixar. No fim das contas, a DP é uma junção de sentimentos antigos e visões futuras. É um projeto construído com alma, onde cada detalhe reflete o desejo de criar algo único e significativo, tanto para mim quanto para quem escolhe fazer parte dessa história. Com foco em coleções limitadas e de alta qualidade, como a Des Prezo equilibra o desejo de exclusividade com a necessidade de expandir sua base de clientes? Estamos entrando no nosso segundo ano no mercado, e posso dizer que o primeiro ano foi muito um período de testes. Muitas respostas ainda não estavam claras, e a forma como trabalhávamos era baseada em tentativa e erro, no que imaginávamos que poderia funcionar. Nossa produção, especialmente a partir da segunda coleção, ainda era pequena. Quando desenhávamos e produzíamos, tudo era feito dentro das nossas possibilidades, sem volumes grandes ou certezas sobre o que realmente performaria. Com o tempo, principalmente no início e metade deste ano, começamos a analisar os dados de vendas das coleções. Descobrimos algo interessante: as peças de entrada, como camisetas e bonés, tinham uma ótima aceitação e vendiam tanto quanto as peças mais elaboradas. Porém, por termos uma estrutura enxuta, não conseguíamos produzir muitas unidades de cada peça. Essa experiência nos fez entender melhor o público da marca. Percebemos que muitos clientes buscam algo mais além de produtos de entrada – há uma procura por peças com design diferenciado e um trabalho mais elaborado. Esse aprendizado nos levou a repensar o mix de coleção. Diferente do modelo tradicional, que sugere que coleções tenham uma pequena porcentagem de peças mais ousadas, acabamos brincando um pouco com essa lógica. Do ano passado para cá, nossa produção praticamente triplicou. Com mais pessoas na equipe, ganhamos liberdade para ampliar tanto a quantidade de peças quanto a variedade de produtos que oferecemos. Hoje, ao desenhar uma coleção, temos a vantagem de produzir tudo internamente, o que nos dá um controle muito maior. Conseguimos testar diferentes tecidos, aprovar peças em menos tempo e garantir a qualidade e o acabamento que queremos. Esse controle interno nos permite reagir rapidamente às demandas e ajustar detalhes que seriam mais difíceis em produções terceirizadas. Atualmente, aumentamos gradativamente a quantidade de produtos de entrada, como camisetas e bonés, devido à alta demanda. Paralelamente, também estamos ampliando a produção de peças mais complexas e elaboradas, sempre buscando equilíbrio entre volume e qualidade. Nos próximos anos, nossa meta é continuar expandindo a produção interna. Queremos crescer de forma consistente, mantendo a precisão, o controle e a identidade que construímos, para oferecer aos nossos clientes não apenas produtos, mas experiências únicas e autênticas. A cena punk e o underground eletrônico são inspirações marcantes para a Des Prezo. Como esses movimentos influenciam não apenas o design das peças, mas também a narrativa da marca? Assim como a Des Prezo, minha ideia de criação bebe muito da influência de movimentos que questionam e se opõem ao sistema. Se analisarmos os movimentos punk e o underground eletrônico, eles têm em comum essa quebra de padrões e uma rejeição ao que é imposto. Trata-se de buscar algo diferente, algo que provoque e desconstrua. Minhas referências criativas nascem diretamente dessa conexão com a contracultura. Para desenvolver meus trabalhos, dedico muito tempo a pesquisar artes, posters e flyers de bandas punk dos anos 80. Também mergulho em livros e trabalhos de artistas que exploraram o universo das raves e festas eletrônicas dos anos 90 e 2000. Além disso, minha vivência pessoal tem grande peso: frequento shows punk e festas eletrônicas, e acredito que essa experiência direta é essencial para o meu processo criativo. A criação, para mim, também é um exercício de autoconhecimento. É sobre entender o que gosto, descobrir as mensagens que quero transmitir e encontrar formas de unir dois mundos aparentemente distintos, mas que considero altamente complementares. Essa fusão de referências – do punk à cena eletrônica – é o que molda minha visão e o que tento expressar através do meu trabalho. Com quase dois anos de trajetória, como você enxerga o futuro da Des Prezo em termos de expansão e inovação, especialmente no contexto da moda nacional e internacional? No início, é difícil sonhar muito alto, mas sempre soube onde queria chegar e trabalho diariamente para alcançar esse objetivo. Com dois anos de projeto, confesso que não imaginava estar onde estou hoje. A aceitação tem sido muito positiva, e isso me motiva a seguir em frente. Recentemente, estive em São Paulo e tive a oportunidade de conversar com pessoas que ainda não conhecia. Fiquei surpreso ao perceber que a marca é mais conhecida lá do que na minha cidade, no sul do país, em uma região do interior. Isso é muito gratificante, pois mostra que, mesmo sem me conhecerem pessoalmente, as pessoas estão descobrindo a Des Prezo e reconhecendo o trabalho que estamos fazendo. Para mim, esse é apenas o começo. Quero continuar aprimorando a marca, aprendendo e crescendo a cada dia. Amo o que faço, e é extremamente recompensador receber mensagens de elogio e ver que nosso trabalho está alcançando as pessoas. Isso nos dá forças para continuar evoluindo. Acredito que estamos crescendo no ritmo certo, construindo uma base sólida e sem saltos arriscados. O ano de 2025 já começa com oportunidades e mudanças significativas que vão abrir novas portas para nós. Algumas metas que estabeleci no início já foram alcançadas, enquanto outras ainda exigem mais esforço, mas estou comprometido em continuar aprendendo e me reinventando diariamente. Minha visão para o futuro é levar a Des Prezo além das fronteiras do Brasil. Espero que, em alguns anos, possamos estar presentes nas principais cidades de moda do mundo. Esse é um grande sonho, mas acredito que, com trabalho consistente e dedicação, é possível torná-lo realidade.

  • Ano Novo com Elegância no Coco Bambu Curitiba: Gold & White com Baile de Máscaras

    Photos Disclosure Coco Bambu Se você está buscando uma forma sofisticada e divertida de celebrar a chegada de 2025, o Coco Bambu Curitiba preparou uma noite inesquecível em suas unidades no Shopping Crystal e no Coco Bambu Barigui. Com o tema Gold & White – Baile de Máscaras, a festa promete ser o ponto alto do Réveillon na cidade. Detalhes do evento: • Data: 31 de dezembro de 2024 • Tema: Gold & White com Baile de Máscaras • Locais: • Shopping Crystal (com recreação infantil disponível) • Coco Bambu Barigui Valores: • Adultos: R$ 420,00 (com R$ 200,00 de consumação). • Pagamento via PIX: R$ 400,00. • Crianças de 6 a 10 anos: R$ 210,00 (com R$ 100,00 de consumação). • Crianças de 0 a 5 anos: Gratuito. Parcelamento disponível em até 3x. Diferenciais da festa: • Rolha livre: Leve sua própria bebida! O Coco Bambu fornece balde e gelo. • Música ao vivo: Duas equipes de músicos garantirão a trilha sonora perfeita para a virada. • Espaço kids: Brinquedoteca funcionando normalmente, para que as crianças também aproveitem a noite. Como participar: Garanta já seu ingresso por meio do link oficial ou entre em contato com a unidade mais próxima. As vagas são limitadas e a elegância é garantida! Não perca a chance de começar 2025 em grande estilo, celebrando com boa comida, música e uma atmosfera única no Coco Bambu Curitiba.

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