top of page
HooksLogo.png

708 resultados encontrados para "Lisboa Fashion Week"

  • "DEconstruction": Exclusive Editorial with Brazilian Icon Cariúcha in Partnership with Hooks Magazine International

    Conceptualized by photographer Anderson Macedo, this project aims to create fashion and art content and through diversity and democratic beauty, showing through major media personalities that “EVERYONE IS IN FASHION penhamaia, @pontok - Marketing Director Hooks: @mathlopes - Editor In Chief Hooks: @directorhooks - Fashion Director Hooks: @evelyoliveira #cariucha #hooks #hooksmagazine #magazine #fashion #editorial

  • Gucci FW22 + Adidas Originals/ #MFW22

    refazer a realidade, foi a ideia usada pelo @alessandro_michele para a coleção FW22 da @gucci na Milão Fashion Week. mirror to remake reality, was the idea used by @alessandro_michele for @gucci's FW22 collection at Milan Fashion Week. with the collaboration of @adidasoriginals presented today on the catwalk, a combination of classic fashion

  • ISMEIOW: O PODER DE ILUMINAR O PRÓPRIO DESTINO

    'STARS' COVER EDITION - GLOBAL ISSUE Photo: @demmacedo / Video: @olivervideomaker_ / Beauty: @dariobion / Styling: @eduardomurari @diegobbueno / Assistant: @eubillieb / Studio: @nasulstudio / Support: @sparapane_costumes Existem artistas que performam. E existem artistas que transbordam. Ismeiow , persona criada por Ismael, nascido em Anápolis, Goiás (Brasil), pertence à segunda categoria. Antes de ser um nome reconhecido na internet, ele foi o menino que arriscava os primeiros pontos de costura na máquina da mãe. Ainda criança, pintava rostos em festas e eventos comemorativos, juntando cada centavo como quem coleciona possibilidades. “Sempre senti que algo maior estava por vir” , lembra. Determinou-se cedo: aos 16 anos inaugurou seu primeiro canal, onde falava sobre maquiagem, costura e customização. Era menos sobre ensinar e mais sobre libertar a si mesmo e aos outros. Com o tempo, o público percebeu que ali não havia só habilidade técnica, mas um mundo sendo criado diante da câmera. O que começou tímido tornou-se uma comunidade de cerca de 7 milhões de seguidores e colaborações com grandes marcas como Disney, Opera, EBAC e outras. Ismeiow não nasceu de um dia para o outro. Ela foi lapidada na fricção entre desejo e coragem . Tivemos a oportunidade de conversar com Ismael e conhecer a mente por trás da genialidade que transborda. Vem com a gente. 1.⁠ ⁠Ismeiow nasce do encontro entre arte, identidade e performance. Quando você se transforma, o que muda primeiro: a forma como você se enxerga ou a forma como o mundo te vê? “Quando eu me transformo em Ismeiow, o que muda primeiro é o olhar o meu sobre mim. Antes do mundo me ver diferente, eu já estou me enxergando de outro jeito. É como se eu ligasse uma luz que sempre esteve ali, só que mais colorida, mais livre. Depois disso, o mundo não tem escolha a não ser ver também.” 2.⁠ ⁠Halloween é licença poética para criar outras realidades. Qual foi o personagem ou conceito mais desafiador que você já trouxe à vida e o que ele revelou sobre você? “A Yzma, sem sombra de dúvidas, foi um desafio pessoal. No dia do Baile da Sephora, eu tinha um desfile do SPFW para comparecer. Tomei chuva, corri de salto, entrei no carro de um estranho, perdi meu celular tudo isso pintada de roxo e ainda assim compareci ao evento. A Yzma me mostrou, mesmo que de forma indireta, que eu consigo fazer tudo que me predisponho.” 3.⁠ ⁠Você não apenas cria você possibilita criação. Fundar a Ismeiow Vídeo em 2022 foi um movimento ambicioso. Qual é o maior mito sobre ser criador de conteúdo no Brasil que você gostaria de derrubar? “Fundar a Ismeiow Vídeo foi sobre autonomia: criar meu próprio destino. Eu fui abençoado com uma equipe incrível de editores, e daí vem a Ismeiow Vídeo. De lá pra cá, milhares de vídeos editados para todas as plataformas do YouTube a serviços de streaming. O maior mito sobre ser criador que eu gostaria de derrubar? Acho que nenhum, sendo sincero. Só quero continuar trabalhando e fazendo o que eu gosto. Essa parte mais disruptiva, deixo para outros colegas criadores.” 4.⁠ ⁠A estética drag exige coragem e autocontrole: do pincel ao palco. Existe algum ritual antes de se transformar em Ismeiow? “Não sei se seria exatamente um ritual, mas eu sempre raspo a sobrancelha e logo em seguida tomo um banho bem longo. Me ajuda a relaxar.” 5.⁠ ⁠Se você pudesse deixar uma mensagem para jovens artistas que têm talento, mas ainda não encontraram coragem para se expor, qual seria sua verdade mais radical? “Ninguém vai te autorizar a ser quem você é. Esperar coragem é esperar demais. Faz mesmo com medo, faz tremendo, faz errando, porque a arte não nasce da perfeição, nasce da tentativa. Se você sente vontade, isso já é o começo.” 6.⁠ ⁠E por último: qual é a sua voz? O que você gostaria de gritar para o mundo se tivesse a oportunidade? “A minha voz é um lembrete de que o improvável também pode ser lindo. Não existe um jeito certo de existir, existe o seu. E, no meu caso, ele brilha, usa peruca e às vezes assusta um pouco.”

  • Winona: Arte, Resistência e Moda com Propósito

    Photo: Thamires Seus - @submergir Em meio ao turbilhão de 2021, quando o mundo parecia ter parado, nasceu a Winona, uma marca que carrega em seu DNA a fusão entre arte, moda e resistência. Criada por Victória Vacari de Brum, em Pelotas-RS, a Winona surgiu de um reencontro pessoal com a arte durante a pandemia, transformando ilustrações em peças de roupa que expressam memórias, cultura e ideais. Photo: Maria - @_dudaboninii O início foi tímido, quase despretensioso. Enquanto a faculdade de odontologia estava em pausa, Victória se entregou ao desenho, um hábito que cultivava desde a infância. A ideia de estampar suas criações em camisetas surgiu como um experimento, incentivado por amigos que viam potencial naquelas peças. Em agosto de 2021, a primeira coleção foi lançada, e embora o sucesso não tenha sido imediato, cada venda representava um passo rumo a algo maior. A decisão de aprender serigrafia e dominar o processo de produção têxtil trouxe à marca um toque artesanal e apaixonado, consolidando sua identidade ao longo dos meses. Photo: Maria - @_dudaboninii A virada de chave veio com a Ringer Tee, peça de corte retrô inspirada nos anos 70, que se tornou a assinatura da marca. Victória conta que o fascínio pelo estilo vintage foi despertado por uma camiseta do Pink Floyd, e dali nasceu o desejo de resgatar o passado para dialogar com o presente. “Com o tempo, notei que estava criando algo que, por si só, já remetia à identidade da Winona – sem precisar do nosso nome estampado, apenas pelo recorte e pelas golas coloridas”, diz ela. Mas nem tudo foi linear. Em 2023, a Winona enfrentou seu maior desafio: a perda do perfil no Instagram, seu principal canal de comunicação. O baque foi profundo, e Victória chegou a cogitar desistir. No entanto, o que manteve a marca viva foi o reconhecimento de que a Winona era mais do que um negócio – era um pedaço de sua essência, um espaço de expressão artística. Com o apoio da comunidade e amigos, o perfil foi reerguido, e o episódio trouxe uma nova perspectiva: “Hoje, tenho certeza de que só consegui recomeçar porque a Winona é muito mais do que uma marca; é um espaço de expressão artística e de ideais.” Essa visão se reflete no futuro da Winona, especialmente com o lançamento de uma coleção inspirada na América Latina, com foco no Brasil. Para Victória, a moda é também uma forma de resistência, e esta nova coleção busca valorizar o cinema, a música e a cultura nacional. “Quero valorizar o nosso cinema e a nossa música, que há décadas resistem. Teremos peças inspiradas em gêneros como MPB, bossa nova e samba, além de uma homenagem ao filme Ainda Estou Aqui , de Walter Salles”, revela. Photo: Maria - @_dudaboninii Mais do que vestir, a Winona provoca. A marca acredita que moda é política e utiliza suas criações para fomentar discussões sobre identidade, cultura e ideais. “Busco provocar reflexões e diálogos trazendo essas pautas para o perfil da marca e reforçando que vestir uma camiseta vai muito além de um estilo – é um ato de expressão.” Olhando para o futuro, a Winona segue comprometida em explorar o novo sem perder a conexão com o passado. Victória planeja colaborações que dialoguem com a essência da marca e reforcem seu papel como um elo entre arte, moda e resistência. A história da Winona está apenas começando, mas seu impacto já se faz sentir, um detalhe vintage de cada vez. Victoria Vacari, CEO Entrevista com a fundadora da marca, Victória Vacari de Brum: 1. Como foi o momento em que você percebeu que um hobby poderia se transformar em um negócio? Sempre fui muito interessada por arte – fiz aulas de ilustração quando criança e, durante a pandemia, enquanto estava completamente isolada com meus pais na Amazônia, em Rondônia, voltei a criar. Comecei a compartilhar minhas ilustrações com amigos, e, para minha surpresa, eles demonstraram interesse em comprá-las. Foi nesse momento que percebi que aquilo poderia ser mais do que um hobby – havia ali uma oportunidade real de transformar minha arte em um negócio. Photo: Maria - @_dudaboninii 2. A Ringer Tee se tornou a assinatura da marca. O que te inspirou a apostar nesse corte retrô e como acredita que essa peça conecta o público à essência da Winona? As primeiras peças que criei foram inspiradas em bandas dos anos 70 – a primeira camiseta da Winona, por exemplo, foi baseada em um merch do Pink Floyd, uma Ringer Tee de um show nos EUA. Isso despertou meu interesse pelo contexto da moda daquela época, e percebi que poderia resgatar esse estilo e conectá-lo a outros universos, como o cinema e a música pop atual. Com o tempo, notei que estava criando algo que, por si só, já remetia à identidade da Winona – sem precisar do nosso nome estampado, apenas pelo recorte e pelas golas coloridas. 3. Em 2023, a marca enfrentou a perda do perfil no Instagram, um momento crucial. O que te motivou a persistir e o que aprendeu com essa experiência? Para ser honesta, não fui uma pessoa muito forte durante esse período. Minha maior motivação veio quando percebi que não tinha perdido apenas um perfil ou um trabalho, mas uma parte de mim – a parte que levou anos para eu me reconectar: minha arte. Hoje, tenho certeza de que só consegui recomeçar porque a Winona é muito mais do que uma marca; é um espaço de expressão artística e de ideais. E esse retorno só foi possível porque tive o apoio de amigos e da comunidade, que, mesmo sem o perfil, continuou me enviando mensagens e comprando no site. Esse carinho me mostrou que a Winona já era maior do que qualquer rede social. Photo: Thamires Seus - @submergir 4. A nova coleção tem a América Latina, especialmente o Brasil, como tema central. O que te levou a escolher essa inspiração e como a cultura nacional será representada nas peças? Como mencionei anteriormente, as primeiras coleções da Winona tinham forte influência de bandas e do cinema, o que, inevitavelmente, fazia com que a cultura internacional estivesse mais presente. No entanto, diante do contexto atual – especialmente com o ressurgimento de políticas extremistas – senti a necessidade de criar uma coleção que honrasse a nossa cultura. Quero valorizar o nosso cinema e a nossa música, que há décadas resistem. Nesta coleção, traremos peças inspiradas nos gêneros que moldaram a identidade musical do Brasil, como MPB, bossa nova e samba. Além disso, teremos uma peça especial inspirada no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, celebrando os mais de 126 anos do cinema nacional, que, só agora, começa a receber o reconhecimento que sempre mereceu fora do país. Gustavo P. Macedo 5. Você menciona que moda também é política. De que forma a Winona busca provocar reflexões e dialogar com questões culturais e sociais por meio de suas criações? Nos últimos anos, vimos um aumento na visibilidade de discursos de ódio, e meu propósito com a Winona sempre foi usar o alcance da marca para mostrar que a moda vai além da estética – ela também é uma forma de expressar não apenas a identidade, mas os ideais de cada pessoa. Busco provocar reflexões e diálogos trazendo essas pautas para o perfil da marca, incentivando discussões e novos olhares sobre essas questões. Além disso, faço questão de mostrar o porquê de cada peça que vendemos, reforçando que vestir uma camiseta vai muito além de um estilo – é um ato de expressão. Nossas peças carregam um contexto político e um ideal por trás, dando voz a mensagens que precisam ser ditas. Photo: Thamires Seus - @submergir 6. Olhando para o futuro, quais são os próximos passos da Winona? Existem novos projetos ou colaborações que podemos esperar? Nosso objetivo é continuar acompanhando as tendências da atualidade, mas sempre resgatando o que já foi moda um dia – especialmente quando há uma essência e um significado por trás. Acredito que revisitar o trabalho de grandes artistas que usaram a música, o cinema e a arte como formas de expressão, e trazer essa inspiração para as nossas coleções, também é um ato político. Queremos conciliar a moda contemporânea com referências retrô, aprofundando cada vez mais essa identidade e deixando nossa marca no mundo. Photo: Maria - @_dudaboninii

  • Pyde Studio: A Moda como Expressão de Singularidade e Propósito

    No cenário atual, onde o fast fashion domina, a Pyde Studio desafia o status quo ao oferecer peças carregadas identidade e autenticidade, desafiando a constante produção de roupas sem propósito que o mercado fast fashion

  • Best Looks of AMA's 2021

    Fotos reprodução Instagram Ama’s #fashion #hooksmagazine

  • Carol Chafauzer: Reinventando-se na Moda e nos Esportes Radicais

    'FASHION' COVER - JUNE 24 ISSUE Photos: @photzmuller - Stylists: @igorgarrcia / @bymelzani - Make and ’s advisor: @kaiocezzar_ - Design Director Hooks: @mathlopes Carol Chafauzer é a estrela da edição FASHION Carol está cheia de novos projetos, todos focados em esportes radicais e novidades no mundo fashion. 33 anos, sinto que estou na minha melhor fase e decidi voltar a fotografar e me conectar com o mundo fashion Hooks Magazine tem orgulho de ter Carol Chafauzer na capa da edição FASHION, trazendo um olhar fresco

  • SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água

    Photo Disclosure SHUI Em um cenário de moda onde tudo parece mais do mesmo, a SHUI aparece como um respiro. Criada em 2020 por Ronaldo Pan Ye, a marca não nasceu de um plano de negócios ambicioso, mas sim de um momento difícil — em meio à pandemia, quando tudo parecia desmoronar. O que era caos virou força. E dessa força, nasceu uma marca com propósito, estilo e uma filosofia de vida. O poder da água Photo Disclosure SHUI SHUI vem do mandarim e significa “água”. A inspiração veio de uma frase que Ronaldo ouviu ainda na infância, em um filme de Bruce Lee: “ Be like water, my friend. ”  Seja como a água — que se adapta, muda de forma e resiste. Essa é a base de tudo o que a marca representa. “ Se você coloca a água num copo, ela vira o copo. Se você bebe, ela vira você. É assim que vejo a SHUI: uma marca que se adapta, que muda, mas que nunca perde sua essência ”, diz Ronaldo. Essa ideia vai muito além das roupas. Ela está presente na forma como a marca cria, se posiciona e se reinventa. Hoje, a SHUI é um movimento — feito para quem quer fugir do comum e usar a moda como forma de expressão. Photo Luma B - @lumabeninc No começo, a SHUI era formada por Ronaldo, seu pai e três costureiros, em um espaço de apenas 100m². Com muito esforço e criatividade, a marca cresceu. Hoje, tem um espaço dez vezes maior e envolve mais de 300 pessoas direta e indiretamente. E mesmo com esse crescimento, Ronaldo faz questão de manter o clima de família e o propósito original. “ A gente não está só costurando roupas. Estamos costurando uma história juntos ”, conta ele. Photo Luma B - @lumabeninc A SHUI une referências da cultura asiática com o streetwear urbano. São peças que fogem do óbvio, com cortes diferentes, modelagens criativas e um olhar apurado para o design. A marca tem linhas mais minimalistas, como a S.ESS, e outras mais ousadas — sempre com a proposta de transformar o básico em algo único. “Não vendemos só roupas. Vendemos atitude, estilo de vida e uma forma diferente de ver o mundo”, diz Ronaldo. Confira entrevista exclusiva com o fundador Ronaldo Pan Ye: Photo Disclosure SHUI 1. A SHUI nasceu em um momento de crise, mas se tornou um símbolo de superação. Como foi transformar a adversidade em um movimento de moda e identidade? A SHUI nasceu no meio do caos. Era um momento em que tudo parecia desmoronar — pessoalmente, financeiramente e emocionalmente. E foi ali que eu percebi que ou me deixava levar, ou transformava aquela dor em energia e arte. A SHUI é a resposta a tudo que disseram que não ia dar certo. Cada coleção foi uma carta de superação, cada peça um lembrete de que a gente pode se reinventar. Sempre com o olhar positivo, entendi que a crise não nos quebrou — nos moldou. Insatisfeito com o modo de se vestir convencional, preestabelecido pela sociedade, aproveitei o momento para preencher essa necessidade do mercado, trazendo inovação e referências asiáticas. Unindo minhas forças como influenciador no TikTok e Instagram, somando mais de 500 mil seguidores, levantei essa bandeira para levar o movimento adiante. 2. O conceito de “ser como a água” é o coração da SHUI. Como essa filosofia influencia não apenas as coleções, mas as decisões criativas e estratégicas da marca? “Ser como a água” é mais do que uma frase ou filosofia de vida — é uma forma de existir. A água pode fluir ou colidir, se adapta em qualquer circunstância, mas nunca perde sua essência. É essa filosofia que aplicamos desde as roupas até a cultura de liderança. Se o mercado ou as tendências mudam, a gente se adapta. Se a cultura pede algo novo, absorvemos e transformamos. E é isso que a SHUI representa: um movimento, um estilo de vida e uma forma de pensar. A flexibilidade e a adaptação estão traduzidas de forma implícita nos nossos designs e recortes contemporâneos — mostrando que é possível sair do convencional sem perder a força. Photo Disclosure SHUI 3. Você cresceu em meio à luta dos seus pais e aprendeu com a resiliência do comércio de rua. Como essas raízes ainda se refletem no que a SHUI é hoje? Minha origem são as raízes da minha resiliência. Crescer no comércio de rua me ensinou sobre esforço real — sobre dar valor a cada venda, cada cliente, cada detalhe. Meus pais são minha referência de persistência. Eles não tinham tempo para sonhar alto, mas me deram tudo para que eu pudesse sonhar por eles. Mesmo sem formação acadêmica, dinheiro ou uma qualidade de vida que hoje seria considerada minimamente saudável, se esforçavam ao máximo para sustentar a família — e sempre me inseriram nesse meio como uma forma de aprendizado. Hoje, eu sei como é desde fazer um carreto debaixo do sol ardente da tarde até desenvolver uma landing page para uma campanha de tráfego. Por tudo que vivi desde a infância no comércio de rua, entendo que cada desafio de hoje é apenas mais uma etapa rumo ao meu objetivo. Photo Disclosure SHUI 4. A SHUI se posiciona contra a mesmice do vestuário nacional. O que, na sua visão, falta na moda brasileira atual, e como vocês estão preenchendo esse vazio? Falta ousadia e conhecimento. A moda brasileira ainda se prende a fórmulas seguras — ao que “vende fácil”. A SHUI veio para romper com isso. Nosso design é expressão, identidade e futuro. Falta visão de mundo, falta conexão com a arte urbana global, com um storytelling autêntico. A SHUI é a ponte entre o Brasil e o mundo — com estética, com presença e com alma. Trazemos desde peças que reinterpretam o básico até designs autorais com shapes, cortes e caimentos que fogem do comum do mercado tradicional. Photo Disclosure SHUI 5. Com um time que cresceu de 5 para mais de 300 pessoas, como você mantém viva a essência familiar e o propósito original da SHUI? Crescer foi inevitável. Mas perder nossa essência nunca foi uma opção. Faço questão de estar presente, olhar nos olhos e lembrar cada pessoa do “porquê” por trás do que fazemos. A cultura da SHUI é um dos pilares que mais valorizo hoje. Mesmo com mais de 300 envolvidos, a mentalidade é de um só corpo, um só movimento. A gente não está apenas costurando roupas — estamos costurando uma história juntos. Como já dizem: “o olho do dono é que engorda o boi”. (risos) Photo Disclosure SHUI 6. Que tipo de impacto você deseja causar em quem veste SHUI? Quero que quem veste SHUI se sinta disruptivo, ousado, fora do convencional — carregando com orgulho nosso movimento e identidade. Que cada peça seja uma mensagem, representando liberdade e autenticidade. Não vendemos apenas roupas — vendemos um estilo de vida, um sentimento, um posicionamento. Quero que cada pessoa se olhe no espelho e enxergue uma versão mais potente de si mesma. SHUI é sobre se tornar poderoso, misterioso, alinhado com seus propósitos — flexível e adaptável para enfrentar qualquer adversidade do mundo. Photo Disclosure SHUI

  • Amanda Evelyn: Beleza, Moda e Futuro

    O que mais te fascina nesse universo e como ele tem impactado sua vida pessoal e profissional? O que mais me fascina é a capacidade que ela tem de transformar a vida das pessoas, não só a parte externa

  • Babi Montello: A Arte de Transformar Estilo e Autoestima

    'FASHION' COVER EDITION - SEPTEMBER 24 ISSUE Photos: Levi Cruz - @oficiallevicruz Hair: Talita Alves dos Santos - @tatasanntoro Looks: Agilita and Sant Nesta edição 'FASHION' da Hooks Magazine, a consultora se mantém atualizada seguindo tendências internacionais, observando de perto os desfiles das maiores fashion weeks e buscando novas fontes de inspiração, como o curso de tendências que planeja fazer em Milão, weeks e inclusive está nos meus planos viajar para Milão para fazer um curso de tendências.

  • DES PREZO: A Marca Que Está Mudando a Forma de Pensar Moda

    Creative direction - Guilherme Menegat / Photo - Otavio Conci / Make - Débora Camassola / Models - Eric Pauli and Pedro Martini / Set assistants - Rodrigo Santos and Martina Cambruzzi Desde que foi lançada em outubro de 2022, a DES PREZO tem chamado atenção por ser muito mais do que uma marca de roupas. Ela nasceu da vontade de seu fundador Guilherme Menegat , um designer apaixonado por artes visuais e música, de criar algo único e cheio de significado. Inspirada no movimento punk e na cena eletrônica underground, a marca combina rebeldia, estilo e uma visão bem pessoal sobre como a moda pode contar histórias e provocar reflexões. O nome “DES PREZO” reflete bem essa ideia. Ele representa tanto o rompimento com o que é velho e sem sentido quanto a valorização do que é novo e autêntico. Essa essência aparece em todas as peças da marca, que são feitas com muito cuidado em seu próprio estúdio. Lá, uma equipe pequena e super dedicada cria cada detalhe, desde calças com cortes elaborados até bonés bordados e jaquetas com acabamentos únicos. A DES PREZO não segue tendências passageiras ou produz roupas em massa. Cada coleção é pensada para durar e oferecer algo especial, seja nos tecidos, na modelagem ou nos acabamentos. A marca já lançou peças de couro, jeans, malharia e até itens com técnicas inovadoras de estamparia e lavanderia. Esses produtos têm conquistado clientes exigentes e ligados em moda, que buscam algo mais exclusivo e com personalidade. Embora as vendas sejam feitas principalmente online, a DES PREZO já conquistou um público fiel ao redor do mundo. Suas peças são especialmente populares entre artistas e pessoas que procuram um visual diferente para festas ou para o dia a dia, misturando sofisticação e atitude. O sucesso da última coleção foi tão grande que, em apenas dois meses, as vendas superaram o faturamento de todo o ano anterior. Agora, a marca está focada em expandir sua presença e quer levar suas criações para novos mercados. A DES PREZO é para quem não tem medo de ser diferente e busca peças que vão além do comum. Mais do que roupas, a marca oferece uma forma de expressão e um convite para repensar a moda de uma maneira mais profunda e verdadeira. ENTREVISTA COM GUILHERME MENEGAT BIONDO - DES PREZO: A Des Prezo desafia padrões convencionais. Quais são os principais desafios que você enfrenta ao criar uma marca tão disruptiva em um mercado competitivo como o da moda? Desde o início da marca, enfrentei diversos desafios, mas acredito que o principal deles ocorreu logo no começo. Meu objetivo era produzir um produto diferenciado, que se destacasse no mercado de moda brasileiro, oferecendo um olhar mais minucioso para detalhes como recortes, aviamentos, materiais e técnicas de finalização. Durante a primeira coleção, uma cápsula, tentei terceirizar a produção com confecções externas, mas o resultado ficou muito aquém do esperado. A partir da segunda coleção, decidimos internalizar quase todo o processo de produção. Hoje, cerca de 80% das etapas são realizadas por nós: modelagem, corte, costura, design e finalização. Esse controle interno foi fundamental para alcançar o nível de qualidade e estética que buscamos desde o início. Esse foi, sem dúvida, um dos maiores desafios no começo da marca. Outro grande desafio, especialmente para marcas novas no Brasil, é conquistar a aceitação e o reconhecimento do público. Como uma marca que surgiu sem grande histórico ou referência, enfrentamos a barreira natural do consumidor em dar um voto de confiança. Muitas pessoas precisam ver outras usando ou ter experiências positivas para se sentirem seguras em comprar de uma marca nova. Além disso, o mercado está saturado de marcas emergentes, e algumas experiências negativas podem tornar o consumidor mais cauteloso. Furar essa bolha e demonstrar que nosso produto é diferente, que oferecemos qualidade e trabalhamos com uma estética em constante crescimento, tem sido uma tarefa desafiadora. No entanto, acredito que, com mais um ano de atuação, conseguimos consolidar nossa posição no mercado e superar muitas dessas barreiras iniciais. Por fim, é importante destacar que empreender no Brasil, especialmente no setor de moda, é um desafio diário. A cada dia aprendemos e nos adaptamos, sempre buscando aprimorar nosso trabalho e fortalecer nossa marca no mercado. A essência da Des Prezo está profundamente ligada à autenticidade e à individualidade. Como você traduz esses conceitos nas coleções e nos processos criativos da marca? A ideia de ter uma marca não surgiu da noite para o dia. Desde que comecei a imaginar essa possibilidade, há cerca de 10 anos, percebi que seria um processo muito mais profundo e desafiador do que apenas criar peças ou postar fotos na internet. Foi uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento. Como criativo, precisei exercitar a paciência e entender os momentos certos para realizar cada etapa do projeto. Há cerca de 10 anos, tive uma experiência inicial ao criar algumas camisetas com amigos. Naquela época, ficou claro que construir uma marca exigiria muito mais do que eu imaginava. Foi nesse período que comecei a compreender o verdadeiro significado de desenvolver um negócio criativo. Entre esse início e a concretização da marca, tive a oportunidade de me formar e trabalhar em diferentes lugares, onde aprendi muito com as pessoas ao meu redor. Essas experiências foram fundamentais para moldar minha visão e me preparar para dar os próximos passos. Quando finalmente decidi que era o momento certo para desenvolver as peças que eu realmente queria criar, percebi que, mesmo achando que estava preparado, o processo prático revelou o quanto ainda havia para aprender. Esse aspecto é, para mim, uma das partes mais interessantes: o constante desafio de se reinventar, buscar informações novas, descobrir fornecedores, testar diferentes tecidos, explorar técnicas de lavanderia, acabamento e estamparia. Cada uma dessas etapas contribui para diferenciar um profissional que se acomoda no mercado daqueles que buscam se aprimorar continuamente. Acredito que essa dedicação ao desenvolvimento contínuo é o que realmente define o sucesso no setor de moda. Não é apenas sobre criar roupas, mas sobre construir um processo que permita inovar e evoluir constantemente. Essa busca diária por melhoria é o que torna a jornada desafiadora, mas também incrivelmente gratificante. Você mencionou que “Des Prezo” simboliza resistência e renovação. Como esses valores se refletem na jornada da marca desde sua fundação em 2022? Acredito que o nome da marca, por si só, já carrega uma força muito significativa: DES PREZO. Para responder essa pergunta, acho importante explicar um pouco sobre o porquê dessa escolha. O “DES” me remete ao passado. É um prefixo de negação, e, para mim, simboliza a rejeição a ideias e conceitos impostos pela sociedade com os quais muitas vezes não concordo. Já o “PREZO” representa o futuro. Ele está associado ao que desejamos, ao que almejamos criar e construir. Essa dualidade entre passado e futuro é um pilar essencial da marca. Quando penso no meu trabalho, busco desenvolver estampas e artes que provoquem, que intriguem, e que façam as pessoas refletirem. Quero que elas sintam que há algo mais por trás, algo que as convide a questionar. Mesmo quando a mensagem parece desconfortável ou negativa à primeira vista, tento transformar esse sentimento em algo que faça o espectador parar e repensar. Essa abordagem se reflete também nas nossas campanhas e na identidade visual da marca, que foge do convencional. Talvez, à primeira impressão, nem todos entendam ou gostem, mas quem mergulha mais fundo percebe o propósito e a coerência por trás de cada escolha. Para mim, a DP é mais do que apenas roupas ou design. Ela é um espaço onde posso expressar minhas vivências e inquietações. Desde a adolescência, sempre tive sentimentos e ideias que, naquela época, não conseguia externalizar ou discutir. Hoje, através da marca, consigo transformar essas experiências e dar voz ao que antes estava reprimido. Mas faço isso de uma maneira transformadora, porque já não olho para o meu passado com os mesmos olhos. Além disso, não dá para falar de moda sem pensar na dimensão social. Todos sabemos que o mercado da moda pode ser cruel e injusto, especialmente para quem trabalha nos bastidores. Quando decidimos criar nossa própria linha de produção, fizemos questão de estabelecer um ambiente de trabalho onde as pessoas fossem valorizadas, bem remuneradas e tivessem prazer em colaborar conosco. Para mim, isso vai muito além da roupa. A DP tornou-se um ecossistema. É um reflexo dos valores que eu defendo e do impacto que quero deixar. No fim das contas, a DP é uma junção de sentimentos antigos e visões futuras. É um projeto construído com alma, onde cada detalhe reflete o desejo de criar algo único e significativo, tanto para mim quanto para quem escolhe fazer parte dessa história. Com foco em coleções limitadas e de alta qualidade, como a Des Prezo equilibra o desejo de exclusividade com a necessidade de expandir sua base de clientes? Estamos entrando no nosso segundo ano no mercado, e posso dizer que o primeiro ano foi muito um período de testes. Muitas respostas ainda não estavam claras, e a forma como trabalhávamos era baseada em tentativa e erro, no que imaginávamos que poderia funcionar. Nossa produção, especialmente a partir da segunda coleção, ainda era pequena. Quando desenhávamos e produzíamos, tudo era feito dentro das nossas possibilidades, sem volumes grandes ou certezas sobre o que realmente performaria. Com o tempo, principalmente no início e metade deste ano, começamos a analisar os dados de vendas das coleções. Descobrimos algo interessante: as peças de entrada, como camisetas e bonés, tinham uma ótima aceitação e vendiam tanto quanto as peças mais elaboradas. Porém, por termos uma estrutura enxuta, não conseguíamos produzir muitas unidades de cada peça. Essa experiência nos fez entender melhor o público da marca. Percebemos que muitos clientes buscam algo mais além de produtos de entrada – há uma procura por peças com design diferenciado e um trabalho mais elaborado. Esse aprendizado nos levou a repensar o mix de coleção. Diferente do modelo tradicional, que sugere que coleções tenham uma pequena porcentagem de peças mais ousadas, acabamos brincando um pouco com essa lógica. Do ano passado para cá, nossa produção praticamente triplicou. Com mais pessoas na equipe, ganhamos liberdade para ampliar tanto a quantidade de peças quanto a variedade de produtos que oferecemos. Hoje, ao desenhar uma coleção, temos a vantagem de produzir tudo internamente, o que nos dá um controle muito maior. Conseguimos testar diferentes tecidos, aprovar peças em menos tempo e garantir a qualidade e o acabamento que queremos. Esse controle interno nos permite reagir rapidamente às demandas e ajustar detalhes que seriam mais difíceis em produções terceirizadas. Atualmente, aumentamos gradativamente a quantidade de produtos de entrada, como camisetas e bonés, devido à alta demanda. Paralelamente, também estamos ampliando a produção de peças mais complexas e elaboradas, sempre buscando equilíbrio entre volume e qualidade. Nos próximos anos, nossa meta é continuar expandindo a produção interna. Queremos crescer de forma consistente, mantendo a precisão, o controle e a identidade que construímos, para oferecer aos nossos clientes não apenas produtos, mas experiências únicas e autênticas. A cena punk e o underground eletrônico são inspirações marcantes para a Des Prezo. Como esses movimentos influenciam não apenas o design das peças, mas também a narrativa da marca? Assim como a Des Prezo, minha ideia de criação bebe muito da influência de movimentos que questionam e se opõem ao sistema. Se analisarmos os movimentos punk e o underground eletrônico, eles têm em comum essa quebra de padrões e uma rejeição ao que é imposto. Trata-se de buscar algo diferente, algo que provoque e desconstrua. Minhas referências criativas nascem diretamente dessa conexão com a contracultura. Para desenvolver meus trabalhos, dedico muito tempo a pesquisar artes, posters e flyers de bandas punk dos anos 80. Também mergulho em livros e trabalhos de artistas que exploraram o universo das raves e festas eletrônicas dos anos 90 e 2000. Além disso, minha vivência pessoal tem grande peso: frequento shows punk e festas eletrônicas, e acredito que essa experiência direta é essencial para o meu processo criativo. A criação, para mim, também é um exercício de autoconhecimento. É sobre entender o que gosto, descobrir as mensagens que quero transmitir e encontrar formas de unir dois mundos aparentemente distintos, mas que considero altamente complementares. Essa fusão de referências – do punk à cena eletrônica – é o que molda minha visão e o que tento expressar através do meu trabalho. Com quase dois anos de trajetória, como você enxerga o futuro da Des Prezo em termos de expansão e inovação, especialmente no contexto da moda nacional e internacional? No início, é difícil sonhar muito alto, mas sempre soube onde queria chegar e trabalho diariamente para alcançar esse objetivo. Com dois anos de projeto, confesso que não imaginava estar onde estou hoje. A aceitação tem sido muito positiva, e isso me motiva a seguir em frente. Recentemente, estive em São Paulo e tive a oportunidade de conversar com pessoas que ainda não conhecia. Fiquei surpreso ao perceber que a marca é mais conhecida lá do que na minha cidade, no sul do país, em uma região do interior. Isso é muito gratificante, pois mostra que, mesmo sem me conhecerem pessoalmente, as pessoas estão descobrindo a Des Prezo e reconhecendo o trabalho que estamos fazendo. Para mim, esse é apenas o começo. Quero continuar aprimorando a marca, aprendendo e crescendo a cada dia. Amo o que faço, e é extremamente recompensador receber mensagens de elogio e ver que nosso trabalho está alcançando as pessoas. Isso nos dá forças para continuar evoluindo. Acredito que estamos crescendo no ritmo certo, construindo uma base sólida e sem saltos arriscados. O ano de 2025 já começa com oportunidades e mudanças significativas que vão abrir novas portas para nós. Algumas metas que estabeleci no início já foram alcançadas, enquanto outras ainda exigem mais esforço, mas estou comprometido em continuar aprendendo e me reinventando diariamente. Minha visão para o futuro é levar a Des Prezo além das fronteiras do Brasil. Espero que, em alguns anos, possamos estar presentes nas principais cidades de moda do mundo. Esse é um grande sonho, mas acredito que, com trabalho consistente e dedicação, é possível torná-lo realidade.

  • A Fati Studios: Moda e Filosofia em Sintonia para o Streetwear

    Photos: Victoria Versiani - @vicversiani / Courtesy Fati Studios Na cena da moda independente, a Fati Studios surge como uma marca que combina inovação com o respeito pela tradição. Fundada em dezembro de 2023, a marca rapidamente se destacou ao trazer ao público não apenas roupas, mas uma filosofia de vida inspirada no conceito “Amor Fati” de Nietzsche – a aceitação do destino e das adversidades da vida. Esse é o alicerce do qual surge cada peça da Fati, que busca transformar moda em expressão pessoal, misturando o estilo urbano com uma estética vintage. Em um ano de atuação, a marca já lançou duas coleções marcantes que traduzem seu propósito. A primeira coleção, “Love Language”, convida o público a uma jornada de autoconhecimento e amor-próprio. Com peças cuidadosamente projetadas para valorizar a silhueta, traz modelagens exclusivas e estampas que comunicam mensagens positivas e autênticas. O design é pensado para refletir a beleza da simplicidade e a valorização das imperfeições, com detalhes que vão desde frases em japonês até símbolos sutis de amor. Materiais de qualidade e cortes confortáveis completam o look e fazem com que cada peça seja única e carregada de significado. Já em “Stallion Sunset Gardens”, a Fati adentra o universo western, reinterpretando o estilo cowboy sob uma lente moderna e urbana. Inspirada pela liberdade da vida no campo e pela cultura do velho oeste, a coleção explora o jeans cru, detalhes em couro e cortes ousados para revisitar o conceito do “caubói urbano”. Esse mix entre o western e o streetwear oferece uma experiência autêntica e resgata o espírito livre que define o público da marca – aqueles que veem a moda como uma extensão da identidade e uma maneira de contar histórias. A Fati Studios diferencia-se não só pelo design exclusivo, mas pela dedicação aos detalhes. Todo o processo de criação é feito internamente, desde o desenvolvimento de estampas até a escolha dos materiais, garantindo a alta qualidade e durabilidade das peças. A marca é direcionada a um público exigente, que busca mais do que roupas: quer uma expressão visual de autenticidade e liberdade. Apesar de seu sucesso inicial, a Fati não quer parar por aqui. O futuro reserva novas coleções e desafios, entre eles o lançamento de uma linha de verão com inspiração no “Oásis Tropical”, que promete capturar a essência e beleza do verão brasileiro. Além disso, o fundador já pensa em expandir a Fati Studios, explorando novos mercados e estilos, com um olhar sempre atento à inovação e fidelidade ao espírito da marca. Confira agora entrevista com Pedro Brandão, fundador da marca: 1. Como surgiu a ideia de fundar a Fati Studios, e como o conceito de “Amor Fati” influencia as coleções e a identidade da marca? Sempre gostei de me vestir bem e sentia que isso melhorava muito minha autoestima. Em 2018, no final da faculdade de Publicidade e Propaganda, com a influência de um professor da matéria de Gestão de Negócios, tive a ideia de um dia fundar minha própria marca de roupas. Desse período até de fato iniciar o processo, aprofundei-me mais no mundo da moda e, um dia, me deparei com o conceito de Amor Fati . Identifiquei-me muito com ele e senti que retratava bem a mensagem principal que sempre quis transmitir por meio da moda: uma forma de se sentir bem e aprender o amor próprio por meio do estilo. Além disso, a Fati busca sempre transmitir mensagens de amor em suas peças e estampas e trazer modelagens que valorizem o corpo das pessoas e as façam se sentir bem. 2. Quais foram os maiores desafios e aprendizados desde a criação da marca em dezembro de 2023 até o lançamento das duas primeiras coleções? Os maiores desafios até agora foram de gestão da empresa e de recursos em si. Pela Fati ser uma marca independente, tive que aprender muito e resolver problemas em diversas áreas diferentes, como marketing, tráfego, comunicação, construção e gestão de site, redes sociais, contabilidade, organização, etc. Além disso, também acho que a experiência ajudou muito no processo criativo de melhorar como designer e buscar acertar mais ainda nas peças, levando em consideração tanto a identidade da marca quanto a necessidade dos consumidores. 3. A primeira coleção, “Love Language,” foca no amor-próprio e na beleza das imperfeições. Como essa mensagem se reflete nos designs e na escolha dos materiais? Nessa coleção buscamos trazer algumas mensagens de amor às pessoas, em algumas frases nas estampas, bordados e signos que usamos na comunicação, como o coração usado em algumas peças, a frase em japonês 愛の言葉 (que significa palavras de amor), entre outros. Além disso, buscamos trazer modelagens e materiais sobretudo confortáveis, com caimentos que valorizam e fazem as pessoas se sentirem bem vestindo as roupas. 4. “Stallion Sunset Gardens” mistura o estilo western com o streetwear urbano. O que inspirou essa combinação e como você vê a aceitação desse conceito pelo público? Enquanto buscava referências para a construção da segunda coleção da Fati, tive a ideia de fazer uma coleção inspirada no western, que era um tema que estava em alta tanto na moda quanto em vários outros tipos de mídia e sempre me intrigou muito. Fiz uma pesquisa para entender a cultura e as vestimentas da região e da época do velho oeste e criei uma releitura disso, aplicando para o contexto do streetwear. Dessa forma, imaginei a forma como o caubói moderno se vestiria, criando a modelagem da nossa calça jeans, os moletons, a combinação de cores, detalhes e referências presentes na coleção. Acredito que teve uma ótima aceitação do público, pelo fato de ser uma criação fundamentada em peças que o mesmo já tem costume de usar, mas com a identidade da marca e infundidas no tema. 5. A Fati Studios se diferencia pelo design exclusivo e pela qualidade. Como é o processo de criação das peças e de escolha dos materiais para garantir essa autenticidade? O processo de criação é feito todo internamente, onde tentamos sempre inovar e desenvolvemos todas as modelagens, estampas e detalhes. Além disso, todos os tecidos e aviamentos são selecionados com cuidado, usando apenas materiais de muita qualidade e durabilidade e todas as peças são pilotadas e testadas antes da produção. Acredito que assim conseguimos transmitir melhor a identidade da marca em cada peça e trazer um selo de qualidade para clientes de um mercado exigente como o streetwear brasileiro, que vem crescendo muito e sendo constantemente inovado. 6. Como você enxerga a marca no futuro? Há planos de expandir para novos mercados ou lançar novas coleções que explorem outras temáticas ou estilos? Enxergo que a Fati apesar de já ter conquistado um público significativo ainda é uma marca que está no começo e tem muito para crescer e expandir. Já temos uma nova coleção sendo produzida para o verão que trará um tema de Oasis Tropical, explorando o calor e a beleza e retratando o verdadeiro paraíso que é o Brasil. Além disso, temos planos para o futuro de trabalhar com peças ainda mais diferentes como bolsas, algumas modelagens e peças ainda não exploradas e sempre buscar inovar e trazer produtos de qualidade. Pretendemos expandir cada vez mais a marca e nos consolidar no mercado nacional e até mesmo fora do país um dia.

bottom of page