top of page

A fascinante história da moda: Parte III


Anos 50


Também conhecido como o inicio dos anos dourados, foi marcado pelas mudanças culturais e sociais, como a inserção da televisão como meio de comunicação e o "boom" das musas e atores do cinema, como Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Brigitte Bardot, Marlon Brando e James Dean. Também foi na mesma década que surgiu o rock’n roll, com o ícone Elvis Presley e a batida empolgante da música negra.

A década de 50, conhecida como a época de ouro da alta costura é um importante ano histórico para a moda e começou no final dos anos 40 com a criação do estilista francês Cristian Dior: o NEW LOOK DIOR chegou às passarelas com uma nova silhueta: saias rodadas até o joelho, cintura marcada e muitos acessórios. Um lançamento que ainda é possível vestir são as calças cigarretes, calça jeans e blusa branca que traziam um efeito de moda colegial para o período de pós-guerra. Os acessórios como lenços amarrados no pescoço, luvas mais curtas e pequenos chapéus completavam o look.


Os homens passaram a usar roupas mais sóbrias, peças em tecidos como o algodão, lã, flanela, xadrez e tweed. Cardigans ao invés de colete, as calças estreitas e curtas. O jeans era usado esportivamente, porém alguns jovens aderiram a moda mais ‘‘rebelde’’ juntamente com as jaquetas de couro e as calças mais justas.



Anos 60


Quebra de padrões e liberdade de escolha da mulher são palavras-chave para entender a década de 60. A geração pós-guerra ou geração “baby boomers” como é conhecida, utilizava a moda para demonstrar o seu estado de espírito. A ideia era se desprender dos padrões comportamentais e de estilo de décadas anteriores. Tudo o que lembrava o autoritarismo dos anos de guerra era deixado de lado.


No vestuário feminino, a minissaia se destacou. A peça era associada à juventude e à revolução sexual. A invenção da minissaia é creditada a estilista Mary Quant que quando questionada, dizia que a peça era uma invenção das ruas.

Depois disso vieram as roupas de linhas retas, comprimentos minis e botas brancas, criadas pelo francês André Courrèges, que trouxe um estilo futurista às passarelas. Saint Laurent criou os vestidos tubinho, inspirado nas obras neoplasticistas de Mondrian, enquanto o italiano Pucci utilizava estampas psicodélicas.

*A cantora Twiggy foi o grande ícone fashion da época (foto abaixo).

.

Os homens passaram a investir em calças de modelos mais ajustados nas pernas, curtas e com boca de sino. Assim, se alguém quisesse requebrar os quadris ao estilo do cantor Elvis Presley, não teria maiores dificuldades.



Anos 70


O movimento Hippie havia sido extremamente popularizado graças ao Festival de música Woodstock, onde os jovens propagavam paz e amor. Logo, as calças boca de sino, estampas florais e tropicais, batas, cabelos longos e barba fizeram parte do estilo visto nas ruas na década de 70. Os óculos redondos viraram febre, inspirados na cantora Janis Joplin. Os lenços e as faixas são usados na cabeça, nos pés sapatos plataformas, e acessórios com símbolo da paz, que preza a liberdade, o respeito e o amor.


Apesar dos anos 70 ser marcado pelas cores, o caramelo era predominante em acessórios como bolsas, sapatos e até mesmo em alguns detalhes das roupas. Os homens passaram a usar mais acessórios, desde anéis, pulseiras e bolsas. As camisas eram de poliéster com golas pontudas, calças de tergal, com bastante cores e estampas.

A liberdade é cultuada também nos cabelos naturais, sem nenhum corte definido tanto por homens quanto por mulheres. O cabelo Black Power é assumido pelas pessoas negras, eriçado com pentes para dar mais volume.

Contudo, o Hippie não foi o único estilo a ganhar força nos anos 70. O movimento punk ou Glam Rock, que começou na música, marcou presença nas ruas e nas roupas das pessoas. David Bowie foi o ídolo mais importantes deste movimento, conhecido por sua androgenia, com suas calças rasgadas, rebites, alfinetes, jaquetas de couro e cabelos com cortes e cores diferenciadas.


O auge do movimento discoteca ocorreu no final da década com o filme “Os embalos de sábado à noite” de 1977 (foto abaixo), protagonizado por John Travolta. As ruas foram tomadas por tecidos elásticos sintéticos, vestidos de spandex (tecido com muita elasticidade) e sapatos de salto alto usados com meias curtas.



Anos 80


A palavra que melhor define os anos 80 certamente é extravagância. Os ideais do movimento hippie, como à oposição ao consumo desenfreado, foram deixados de lado e o consumo de peças de grandes estilistas e marcas fazia a cabeça dos jovens.


Peças como ombreiras, sobreposições, vinil e diferentes cores e formas marcaram a década.

Seguindo "os embalos de sábado a noite" com a geração disco e as aulas de ginástica pra mexer com o corpitchio que estavam bombando, as peças florescentes ganham destaque, usadas tanto em conjuntos, como também em peças misturadas com estampas diferentes. As minissaias ou collants e maios asa delta, usadas sobre as leggings, com pollainas, faziam o mix de composições. As maquiagens eram bem chamativas tanto nos olhos como na boca. E nos cabelos, cortes assimétricos e o gel que era indispensável, tanto para fazer topetes quanto para deixar o visual com o ar de cabelo molhado.

Para os homens, vemos o contraste das cores chamativas, vibrantes como o neon, com o básico: o minimalismo e o conforto em primeiro plano. Os jeans eram mais largos e as jaquetas bombers reinavam entre os jovens.


A maior presença das mulheres em cargos de chefia foi um fator essencial para o surgimento de um novo ideal feminino. Como consequência, a alfaiataria e ternos com ombros marcados dominaram o vestuário feminino.




Anos 90


Após uma década de uma moda extravagante, o início dos anos 90 é marcado pelo minimalismo, cores neutras e poucas composições nos looks.


Peças mais despojadas como calças e bermudas largas e camisas xadrez compunham o visual Grunge. As calças de cintura alta valorizam a silhueta feminina. Os sapatos voltam a ter tamanhos desproporcionais, como plataformas e tamancos fechados. As grandes grifes se tornam o sonho de consumo da geração. Muitas peças como: saias, calças e blusas passaram por releituras. O corte de cabelo estilo ’’Joãozinho’’, é aderido pelas mulheres.

Os acessórios que mais se destacam são as bandanas, que eram utilizadas na cabeça e as gargantilhas ‘’chocker’’ (aquela preta que parecia uma tatuagem, hahaha).

Peças como camisas, jaquetas e macacão jeans, passam a dominar o armário masculino.




Anos 2000


Considerada por muitos estilistas como a década onde imperava o mau gosto (tenho que concordar!), os anos 2000 não teve lançamento de novas tendências, mas sim, releituras, assim, a moda passou a ter diferentes identidades.


No início da década, as mulheres vestem muitas minissaias jeans, jaquetas, tops, sandálias e calça jeans com bordados, porém, não tinham um estilo definido e suas composições variavam muito. As calças skinny, bem justas e de cintura baixa reinavam nas produções das celebridades do momento com cintos de strass. Botas de cano alto com bico fino, calças capri e óculos de sol coloridos também tornam se parte do guarda-roupa feminino.

Os homens nos anos 2000, em geral voltam para a moda retrô, jaquetas de couro pretas, botas de motociclista, blusas com decote em V de malha, casacos e óculos de sol Ray-Ban.



Por fim, terminamos essa sequência de matérias sobre a fascinante história da moda, confesso para vocês que sou muito mais fã da moda antiga, depois do anos 80 aconteceu um surto coletivo fashion, hehehe

Mas entender e aprender a evolução da moda ao longo dos tempos, nos faz refletir o quanto o comportamento e moda estão interligados.


Até a próxima!!


Beijos

Maria Augusta Sant' Anna


bottom of page