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Brasil Eco Fashion Week chega em sua 6º edição

Com o tema CoCriar o Futuro, o maior evento de moda sustentável da América Latina acontece em dezembro deste ano em dois espaços em São Paulo. Serão 20 desfiles, 18 painéis e 30 workshops, além de instalações temáticas e participações internacionais.


Brasil Eco Fashion Week -- Calendário

Abertura 30 de novembro - 14h30

Unibes Cultural - Rua Oscar Freire, 2500

De 1º a 3 de dezembro de 2022 - 11h às 20h

Senac Lapa Faustolo, R. Faustolo, 1347

De 4 a 6 de dezembro de 2022 - 10h às 19h Unibes Cultural, Rua Oscar Freire, 2500


Weena Lineup_Crédito: Fotos Divulgação


CoCriar o Futuro - este é o tema da 6ª Brasil Eco Fashion Week (BEFW), semana de moda sustentável cuja abertura é no dia 30 de novembro na Unibes Cultura. De 1º a 3 de dezembro, as atividades devem ocupar o Senac Lapa Faustolo e, de 4 a 6 de dezembro, com workshops realizados na Unibes Cultural.

“A BEFW tem como propósito nutrir o ecossistema apresentando processos produtivos e criativos, conectando os negócios da moda a uma cadeia de suprimentos inovadora e sustentável e aproximar as marcas dos consumidores”, explica Rafael Morais, diretor executivo da plataforma Brasil Eco Fashion (BEF), realizadora o evento.

Portanto, Cocriar o Futuro é uma chamada para fomentar a colaboração entre os pequenos e os grandes atores da moda sustentável, debatendo estratégias para a inovação de produtos e para mais interações e diálogo com os clientes. Trata-se de se adequar para ser mais competitivo em uma indústria que deve crescer US$ 9,81 bilhões em 2025 e chegar a US$ 15 bilhões em 2030, de acordo com relatório Global Ethical Fashion Market da The Business Research Company.

Nesta 6ª edição, o evento reúne 20 desfiles, 18 painéis, 30 workshops, além de instalações temáticas. Estão em pauta os pilares da moda sustentável como a preservação ambiental, o desenvolvimento social e econômico. Entre os temas há inovação têxtil, ciência e conhecimento, resgate cultural, circularidade, certificações, upcycling, reciclagem e descarte de resíduos. O mercado de consumo e de cultura são abordados com temas como inovações digitais que incluem e-commerce, rastreamentos, NFTs e metaverso, entre outras

Um evento de moda com representações de todas as regiões do Brasil

Em sua jornada, o BEFW já reuniu cerca de 150 marcas orientadas pela sustentabilidade. Entre as marcas selecionadas para a edição, 20 terão destaque na passarela, entre elas: a Alme (Rio Grande do Sul), a Demodê (Maranhão), a Ludimila Heringer (Pará), collab Rani + Comas (São Paulo), Woolmay Mayden (São Paulo), Sau Swin (Ceará) e VB Atelier (Rio de Janeiro). Entre as marcas que já desfilaram na BEFW Milão, na Itália, participam da 6ª BEFW a Libertees(Minas Gerais), a Rico Bracco (Rio Grande do Sul) e a Vestô (Rio de Janeiro). Em destaque, há o primeiro desfile de brechó no evento. A marca Repassa (São Paulo) expõe seus looks com algumas das 600 mil peças em estoque e ressalta que o mercado de segunda mão é o que mais cresce entre a Geração Z e os Millennials (dados GlobalData, 2022). Também na passarela, a Pantys (São Paulo) apresenta suas calcinhas absorventes, laváveis e reutilizáveis. Esta é a primeira marca brasileira a lançar uma coleção NFTs, entrando no mercado de tokens não fungíveis, com idéia de construir conteúdo no universo feminino também no metaverso.

O evento conta com a abertura da futurista Lala Deheinzelin, pioneira da Economia Criativa no país abordando o tema “CoCriar o Futuro”. Nos painéis, há destaque para Luciana Duarte, da Ethical Fashion Brazil, que mediou debate sobre o tema “Moda Sustentável no Brasil” na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27) no Egito.

O destaque internacional é para a palestra performática “Enqakunaq Kunpi P’achan - Os Trajes Reais dos Incas”, uma imersão pela moda palaciana de Cusco do século 15, onde as pessoas vestidas são os próprios descendentes dos incas. Quem ministra é Adrian Llave Inca Yachachiq, pesquisador da história andina. O historiador lidera o workshop para designers que querem usar de forma coerente o seu próprio legado cultural para recriar novas formas de produtos na moda contemporânea. Sobre tendências, Giovana Cornacchia e Mariah Cidral, da Clémente Paris, realizam workshop “Cool Hunting e Sustentabilidade” para evidenciar as perspectivas e o esforço da Europa em ser cada vez mais sustentável no campo ambiental, social e econômico.

Durante esta edição, será apresentado o resultado do 1º Programa de Moda Circular e Inovação BEFW, projeto realizado com Curadoria da equipe de especialistas em circularidade e sustentabilidade do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil e de Confecção do SENAI CETIQT. O evento tem patrocínio master da Renner e do Mercado Livre, e patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Nacional e apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac.Vale destacar que desde a primeira edição, a BEFW - semana de moda sustentável - tem recebido apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - ABIT em diferentes ações como convite de compradores e da imprensa internacional. Também tem as parcerias com o programa Texbrasil da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - ApexBrasil, para internacionalização de marcas e produtos nacionais, além da Associação Brasileira de Estilistas - Abest.

Alme -- A marca nasceu em 2018 respondendo a uma demanda por conforto e versatilidade. Apresenta ao mercado de moda sustentável calçados e mochilas com matéria-prima de fontes renováveis e/ou reciclados. São produtos com baixo impacto ambiental, combinando tecnologias de materiais e processos com design apurado. Entre os materiais, há fibras naturais como o algodão e a lã, mas as peças também são compostas de resíduos industriais como EVA de cana-de-açúcar e cadarços produzidos com fios de garrafas PET. A Alme é uma marca de carbono neutro do grupo Arezzo&Co e tem produção realizada no Rio Grande do Sul, berço da cultura calçadista brasileira.


Alme_Créditos: Fotos Divulgação


collab RANI + COMAS - Agustina Comas, designer e fundadora da marca Comas, criada em 2015, encontrou Luanna Cicolo, idealizadora da novíssima marca de moda fitness Rani, e juntas, as marcas de São Paulo conceberam uma linha de roupas em modelagens clássicas e conceituais, feitas para serem versáteis e se adaptarem a todas as ocasiões. Elaboradas em processos de upcycling com seleção de tecidos que seriam descartados. Os produtos traduzem o reuso inteligente de materiais com intuito de reduzir a geração de resíduos e colaborar com uma cultura de produção de moda com menos desperdícios.


Rani + Comas_Créditos: Fotos Divulgação


Demodê -- Fundada no Maranhão em 2018, a marca liderada por Maria Zeferina, produz roupas íntimas entre outras peças conceituadas como moda conforto. Com modelagem própria, a proposta de uma moda minimalista tem como base o algodão colorido orgânico da Paraíba, certificado pela Ecocert. O algodão cultivado no sistema de agricultura familiar já nasce naturalmente colorido. Por não ser irrigado e dispensar tingimentos, gera economia 87,5% em relação aos processos convencionais de produção industrial. A marca fomenta a economia local concentrando a compra de insumos no Nordeste. Além disso, os acabamentos artesanais em renda e crochê são produzidos nas comunidades locais. Adepta do lixo zero, reutiliza os resíduos de confecção para a criação de outros produtos.



Demodê_Créditos: Fotos Divulgação


Ludimila Heringer -- A marca que trabalha com tecidos sustentáveis certificados foi fundada em 2018 no Pará pela designer, estilista e artesã Ludimila. Produzindo sob demanda, têm usado técnicas manuais e ancestrais do processo de tingimento natural, além de crochê e bordados. Com a técnica de estamparia botânica (ecoprint) usa elementos da natureza como folhas, cascas, sementes e raízes. Em seu desfile vai apresentar peças com ecoprint impermeabilizadas com látex de seringueiras do Acre e matérias-primas locais, nacionais e importadas. Desde maio de 2022 realiza trabalho voluntário de capacitação em crochê para as mulheres privadas de liberdade no Centro de Correção Feminina no seu Estado.


Ludmila Heringer_Créditos: Fotos Divulgação


Pantys -- Trata-se da primeira marca de calcinhas absorventes, laváveis e reutilizáveis da América Latina e única clinicamente testada no mundo. A marca fundada em São Paulo por Emily Ewell e Maria Eduarda Camargo, produz calcinhas de tecido biodegradável para o período menstrual e para incontinência urinária. Com vida útil de 100 lavagens, o produto atende um mercado de 86% das mulheres no Brasil que usam absorvente externo e 72% das mulheres do mundo usam fraldas descartáveis, reduzindo as montanhas de lixo gerados com o descarte. A Pantys também tem no catálogo sutiã absorvente para lactantes, cueca masculina e linha praia. A Pantys é a primeira marca brasileira a lançar uma coleção NFTs, entrando no mercado de tokens não fungíveis, com ideia de construir conteúdo no universo feminino também no metaverso.


Pantys_Créditos: Fotos Divulgação


Repassa: considerada a principal referência no mercado de moda circular do Brasil, é um brechó on-line criado em São Paulo que, desde 2015, vem gerando impacto socioambiental positivo ao aumentar o ciclo de vida das roupas. Entre as 600 mil peças em estoque, a cada venda finalizada, o vendedor recebe 60% do valor. O saldo é disponibilizado na própria plataforma gerando o Saldo Repassa, um tipo de carteira digital, e pode ser transferido para conta corrente ou usado no próprio site da empresa para novas compras. Os valores também podem ser doados para organizações sociais, assim como os produtos reprovados no processo de controle de qualidade. Com atuação nacional, o Repassa foi adquirido pela Lojas Renner S.A. em 2021.


Repassa_Créditos: Fotos Divulgação


Sau Swin - a marca do Ceará é resultado do encontro de Yasmim Nobre e Marina Bitu que atendem os segmentos beachwear, sportwear e resortwear. A marca se destaca pelo uso de lycra biodegradável e tela de algodão com modelagens criativas que respeitam a pluralidade dos corpos. No design insere técnicas artesanais tradicionais com o uso de renda, bordado, olaria, além de uso de madeira e palha. A marca criada em 2021 tem fortalecido a economia local capacitando mulheres cearenses cujo bordados e rendas são produzidos por coletivos de artesãs localizados em cidades do interior, desde o litoral até o sertão do Estado.


Sau Swin_ Créditos: Fotos Divulgação


VB Atelier - Fundada em 2012 no Rio de Janeiro pela estilista Andrea Villas Boas, a marca desenvolve peças de alfaiataria com elementos que remetem à ancestralidade da cultura africana e aos saberes dos indígenas. A marca destaca em sua coleção as indumentárias criolas, porque criolo vem desse termo de ser algo negro brasileiro, não africano. Sendo assim, a Moda Afrocentrada atual tem como proposta descentralizar o olhar colonizado e trazer novas narrativas.


VB Atelier_Créditos: Fotos Divulgação


Woolmay Mayden -- a marca foi fundada em São Paulo em 2019 por Jean Woolmay Denson Pierre, haitiano radicado no Brasil desde 2015. Antes de lançar sua própria coleção, atuou como atleta, modelo e digital influencer, ocupando espaços de representatividade e realizando collabs com coleções inspiradas pelo movimento Black Lives is Matter. Investe fortemente nos tecidos sustentáveis. Assim, trabalha com tecidos reciclados e com design inspirado na moda streetwear. Nesta edição da BEFW a marca deve apresentar peças com jeans ressignificados.


Woolmay Mayden Lineup_Créditos: Fotos Divulgação

Sobre a BEFW

Primeira semana de moda da América Latina dedicada exclusivamente à indústria fashion de atributos sustentáveis. Realizada pela Brasil Eco Fashion - plataforma de moda, inovação e sustentabilidade que vem impulsionando e fomentando o ecossistema de boas práticas socioambientais no cenário brasileiro têxtil e de confecção, com direção de Rafael Morais

Brasil Eco Fashion Week -- 6ª edição

Abertura 30 de novembro de 2022 - 14h30

Unibes Cultural - Rua Oscar Freire, 2500

De 1º a 3 de dezembro de 2022 - 11h às 20h

Senac Lapa Faustolo, R. Faustolo, 1347

De 4 a 6 de dezembro de 2022 - 10h às 19h Unibes Cultural, Rua Oscar Freire, 2500


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