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Conheça Antónia Rosa, a Make-up Artist responsável pela beauty do Lisboa Fashion Week

Com mais de 30 anos de experiência na área da beleza, Antónia Rosa é um dos nomes mais requisitados em Portugal. Assinando a beauty do Lisboa Fashion Week desde a primeira edição, seu trabalho já é uma marca registada na história do evento.



Fotografia @tiagobpestana


Mais que maquilhadora, Antónia é uma artista que espalha uma mensagem ao mundo através do seu trabalho falando sobre autoestima, padrões de beleza e cuidados com a pele.


Redator Jonathan Coelho, esteve presencialmente cobrindo o evento para Hooks Magazine e entrevista com a Antónia.



Em uma entrevista exclusiva a Hooks no backstage do Lisboa Fashion Week, a simpática e muito bem humorada maquilhadora divide conosco um pouco da sua trajetória, os desafios e ainda deu conselhos para quem pensa em atuar na área.Confira a entrevista completa abaixo:


De onde surgiu sua paixão pela maquilhagem?

Foi ao ver minha mãe, ela se maquilhava todos os dias, lá pelos anos 70. Eu acho que nunca vi minha mãe sem maquilhagem, nas festas lá em casa minha mãe e suas amigas sempre estavam maquilhadas. Acho que já estava no sangue!

O que te motivou a mudar para Portugal, após tirar o curso de maquilhagem na frança?

Como você sabe que me mudei para cá? Risadas. Eu me apaixonei por um português. Já cheguei aqui com duas paixões, ele e meu trabalho.

Qual principal diferença percebes entre as beauty artist que se formam hoje comparado ao seu tempo?


Hoje a informação já está feita, tudo o que construí nos anos 80,90... as pessoas fazem como se fosse fácil, entendes? Na minha época eu não tinha muitas referências. Me apaixonei pelo trabalho de um maquilhador francês chamado Tom Paulino, foi o primeiro maquilhador a fazer coisas incríveis para desfiles, visitei uma exposição dele e fiquei fascinada. Comecei a criar coisas diferentes, usar batom nos olhos, coisas que não se fazia na época, muito brilho, nos anos 90 era uma loucura.

Quando foi que as coisas começaram a dar certo na sua carreira? Quando você percebeu que estava sendo reconhecida?


Quando eu cheguei em Portugal haviam maquilhadoras comuns, maquilhagenzinhas para casamentos... eu cheguei e arrebentei com tudo fazendo designs na cara, eu era meio punk também, então tinha um estilo diferente. Pra mim foi logo, comecei a fazer coisas doidas, tudo doido e isso me destacou. Risadas.

Essa é a 59º edição do evento, na sua visão o que difere esta das anteriores?

É como se fosse uma engrenagem, entendes? Quando começa parece um comboio, então sempre estar a fluir, tudo que deu de errado aprendemos nas primeiras edições, então agora vai se mantendo, chegamos já no topo. É um evento complicado de se fazer, mas somos todos bons no que fazemos. Já fizemos tanto.

Mais que boas técnicas, Antónia também espalha uma mensagem ao mundo através do seu trabalho, falando sobre autoestima, padrões de beleza... Para você, qual o propósito da maquilhagem no mundo?


A maquilhagem para mim pode ter vários sentidos, mas antes de maquilhar precisamos cuidar de algo mais importante, a pele, nosso órgão. Minha mensagem a respeito disso é, cuidem das suas peles. Usem e abusem das maquilhagens, mas por favor cuidem da pele primeiro.

Você tem um estilo de maquilhagem favorito?

Hum, eu sou trash. Eu adoro coisas doidas. Risadas.

És conhecida por criar uma cobertura de pele perfeita, qual o segredo ou técnicas para repetirmos em casa?


Na verdade é o que eu disse, se o órgão não tiver saudável, não conseguimos fazer coisas maravilhosas numa pele doente. Cuidem da pele primeiro. Meu sonho é que alguns produtos sejam abolidos do mercado e que possamos usar apenas produtos biológicos, porque os que temos hoje ainda fazem muito mal a nossa pele.

Você foi responsável por criar diversas tendências de beleza nacionalmente e internacionalmente, hoje no LFW qual é a maior aposta?

São muitas. Mesmo a maquilhagem natural é muito fresco. Aqui temos muitas coisas diferentes acontecendo. Por exemplo, esse aqui iremos usar bolos, percebes? Temos muitos conceitos aqui.



Olhando para trás e vendo tudo que você criou, qual é a sensação de ver essa jornada?

Quero mais, quero muito mais, enquanto haver tempo quero fazer isso até a morrer, até não conseguir me mexer mais. É a paixão da minha vida. Risadas.

Qual conselho você daria para quem ta começando agora?


Treinar, treinar e treinar muito. Sem treino, não há. Esta é uma profissão manual, ouvir bem o que o mestre diz, sobretudo as coisas básicas. Experimentar também, é assim que ensino no meu atelier.

Finaliza a maquilhadora sorridente.






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