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Dainara Pariz: A Influencer que Brilha na Moda e na Solidariedade

'STARS' COVER EDITION - GLOBAL ISSUE

Photos: Lucas Kiaw - (@photoskiaw)

Production: Kley Carvalho - (@kleeycarvalho)

Make: Gleyci Sassi - (@gleycisassi)

Hair: Grego - (@ogrego027)

Design Director Hooks: Matheus Lopes - (@mathlopes)

Editor-In-Chief Hooks: Matheus Hooks - (@directorhooks)

Public Relations Hooks: Junior Hayres - (@juniorhayres)


Seja bem-vindo à edição "STARS" da Hooks Magazine Internacional, onde exploramos histórias inspiradoras e personalidades que brilham com luz própria. Nesta edição, trazemos a você uma história que transcende o mundo da moda, uma jornada de superação e dedicação que se transformou em uma missão de vida.

Vamos entrar no universo incrível de Dainara Pariz, uma verdadeira influencer fashion que conquistou o cenário da moda. Com mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais, ela é uma top model que se destaca no mundo da moda.

Mas, a história de Dainara vai muito além disso. Desde a infância, ela enfrentou a Paralisia de Bell, uma condição que temporariamente afeta os movimentos de metade do rosto. Superou essa desafio três vezes, mas, em vez de se esconder, escolheu usar sua fama para conscientizar todos sobre essa condição.

Dedicada a fazer a diferença, Dainara fundou uma ONG que oferece tratamento gratuito para pessoas que sofrem da mesma condição. Com a ajuda do Dr. William Ortega, proporcionam tratamento e esperança a muitos.

E não para por aí! Dainara é embaixadora da Kylie Cosmetics, marca de Kylie Jenner, uma das celebridades mais conhecidas no mundo. Uma parceria que une moda e maquiagem de forma incrível.

Além disso, Dainara é mãe do pequeno Kai e escolheu criar o filho no interior do Espírito Santo, longe do burburinho das redes sociais, para proporcionar uma infância tranquila e autêntica.

Dainara Pariz é uma inspiração, mostrando que moda e solidariedade podem caminhar juntas, com estilo e elegância.


Confira entrevista que fizemos com Dainara Pariz para Hooks Magazine Internacional:


1. Sua trajetória como modelo e influenciadora te levou a colaborar com marcas internacionais de renome. Como você descreveria sua abordagem pessoal para a moda e o que a diferencia no cenário internacional?


Minha trajetória na moda começou com uma viagem a Los Angeles, onde me deparei com uma fila gigante na frente da loja Supreme. Confesso que, naquela época, achei a situação engraçada, e no começo não entendia o motivo de tanta gente ali. Perguntei a alguns amigos e descobri que estavam esperando o lançamento de uma coleção especial, o famoso "drop". Quando retornei ao Brasil, fiquei curiosa e comecei a pesquisar sobre a cultura street, o que me levou ao mundo dos tênis colecionáveis. No início, comprei alguns modelos comuns, mas depois me apaixonei por tênis raros. Além disso, eu e meu ex-namorado éramos grandes fãs da cultura japonesa, então começamos a colecionar obras de arte do Murakami e até investimos em NFTs. Nosso filho se chama Kai, e, no início, o apelidamos de KaiKai KiKi, que faz referência à famosa "flor feliz" de Takashi. Até tiramos fotos dele quando era recém-nascido com nossos adoráveis bichos de pelúcia. Além disso, sou uma grande fã de rock punk e de marcas góticas como Chrome Hearts, Rick Owens e Vivienne Westwood, o que resulta em um estilo street com um toque de moda punk high end.

2. Como você lidou com a Paralisia de Bell desde a infância, e o que a motivou a compartilhar sua experiência nas redes sociais?

A experiência com a paralisia facial foi assustadora para mim e minha família. Sofri três episódios dela ao longo da vida, sendo que o primeiro ocorreu durante a minha infância de forma inesperada. Desde pequena, tive que aprender a lidar com comentários maldosos e as sequelas que a condição deixou. No entanto, quando a enfrentei pela terceira vez em 2019, decidi que não me esconderia nem baixaria a cabeça. Optei por mostrar que a paralisia facial é mais comum do que se imagina, quebrando as barreiras do medo e da impotência.
Levou um ano para eu me reconectar comigo mesma, outro para perdoar a mim mesma e mais um para entender que nada estava perdido. Durante esse período, participei de uma série onde meu personagem tinha essa condição, fiz vídeos para o YouTube. E certa vez, precisei usar um tampão ocular devido a uma escoriação na córnea causada pela paralisia e aproveitei para desenhar um olho por cima. Isso fez as pessoas darem risada e, ao mesmo tempo, pude ajudar muitas pessoas com conselhos.
Fundamos uma ONG que continua ativa e fiz parcerias com marcas de beleza internacionais. Atualmente, mesmo com as sequelas da paralisia, me sinto realizada e não como uma vítima, mas como um exemplo de superação.


3. Além de conscientizar as pessoas sobre a Paralisia de Bell, você também oferece tratamento gratuito para seguidores que sofrem dessa condição. Como surgiu a ideia de oferecer essa ajuda?


A ideia de criar uma ONG surgiu quando comecei a fazer tratamento com o Dr. William Ortega. Em muitos momentos, eu chorava, pensando em desistir, mas o Dr. William me dava forças para continuar. O tratamento durou tanto tempo que às vezes parecia que eu estava fazendo um curso (risos), mas foi essencial para a minha recuperação.
Hoje, meu rosto tem uma nova aparência graças a ele. Com isso, muitos seguidores começaram a me enviar mensagens contando suas histórias com a paralisia. Alguns deles sofriam com a condição há mais de sete anos sem melhora. Sentimos a obrigação de ajudar: o Dr. William com sua expertise clínica e eu com minha motivação. Ele é uma das pessoas mais humanas que conheço, e nos emocionamos muito a cada melhora dos pacientes, como se fosse um raio de esperança iluminando uma vida que estava escura.
Hoje, essa iniciativa se tornou uma ONG, em parceria com a Academia da Face, e o Dr. William se especializou no tratamento da paralisia facial, inclusive viajando para outros países em busca de aprimoramento. Para quem não sabe, quando o rosto fica paralisado, não conseguimos chorar, e minha primeira lágrima após seis meses ocorreu quando soube que o tratamento que oferecíamos havia transformado a vida de um cabeleireiro que havia desistido de si mesmo, além de ter transformado a minha vida.

4. Pode compartilhar mais detalhes sobre a expansão da sua ONG no Brasil e os planos futuros para garantir que mais pessoas tenham acesso ao tratamento da Paralisia de Bell?


Estamos planejando expandir a ONG, que atualmente está localizada em São Paulo, para todo o Brasil, mas precisamos de parceiros, já que o tratamento é caro e envolve o uso de toxina botulínica, cujos custos nós arcamos.


5. Como embaixadora da Kylie Cosmetics no Brasil, você está envolvida em uma das marcas de beleza mais influentes do mundo. Como essa parceria impactou sua abordagem à moda e à beleza?


Trabalhar com a KylieCosmetics é uma grande honra para mim, pois sou uma grande fã da marca. Tudo começou após minha participação em um evento de lançamento da marca no Brasil. Logo depois, a KylieCosmetics passou a seguir meu perfil no Instagram, o que resultou no convite para uma colaboração. Ter a oportunidade de trabalhar com uma marca que valoriza a beleza feminina e que me permite ser autêntica é incrível. Sempre gostei de usar maquiagem de uma forma que realce meus traços naturais, em vez de escondê-los ou modificá-los, e a KylieCosmetics personifica muito bem essa abordagem.

6. Sendo mãe e com uma carreira agitada, como você encontra tempo para garantir que seu filho tenha uma criação equilibrada e com pouca exposição nas redes sociais?


Sempre preferi não expor muito o meu filho. Atualmente, decidimos criar um ambiente tranquilo para ele em uma cidade do interior, onde meus pais moram e constituem nossa principal rede de apoio. Nesse local calmo, podemos desfrutar de uma vida simples em contato com a natureza, envolvendo agricultura, montanhas, cachoeiras e praias. Meu filho, Kai, vive como qualquer outra criança, seguindo uma rotina, passando a maior parte do tempo no parquinho, brincando de bola e sempre descalço, aproveitando o contato com a terra. Meus seguidores adoram vê-lo, e compartilho algumas fotos e stories nas minhas redes sociais. No entanto, se um dia ele decidir manter um perfil mais discreto, não vejo problema algum nessa escolha.


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