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“Precisei empinar o nariz”, diz brasileira após ida a eventos com membros da família real britânica


Foto divulgação Assessoria


Se imaginar em um luxuoso evento da seleta alta sociedade britânica, alguns destes que contam, inclusive, com a presença de membros da família real, pode parecer algo muito distante para qualquer mulher que não tenha um título por trás de seu sobrenome. Mas para a brasileira Mirian Carter, de 38 anos, não. Natural da Bahia, a influenciadora digital se casou com um inglês e se mudou em definitivo para o país da monarquia.

Desde o “sim”, Mirian sabia que sua vida viraria do avesso, mas apesar da qualidade de vida infinitamente melhor num país de primeiro mundo, sempre esteve atenta aos desafios que viriam pela frente. “Se ele me pediu pra casar, eu tinha que entrar na realidade dele. E chegou um momento da minha vida que eu comecei a viver dentro da sociedade inglesa. Sofri muito preconceito”, conta Mirian, que resolveu se impor e encarar a rejeição de frente.

“Foi a partir disso que eu decidi que eu precisava empinar o meu nariz mesmo. Tive que mudar o meu posicionamento para não ser atropelada. Sofri preconceito por ser brasileira, por conta da fama que brasileiras têm de destruir casamentos. Mas eu consegui sobressair pelo meu jeito, pela minha elegância natural, porque às a gente tem uma elegância que vem de dentro, que não significa roupas ou bolsas caras. Minha mãe nunca me ensinou a se comportar, nos ensinou a ser honestas”, diz a influencer.


Entre os eventos que marcou presença, Mirian Carter relembra o marcante Royal Ascot, famoso pelo desfile de chapéus. “O que torna Royal Ascot especial é a pompa e suas ricas tradições, com visitantes vestindo seus melhores ternos, vestidos e, claro, chapelaria. O Ascot Racecourse foi fundado há mais de 300 anos pela Rainha Anne, uma grande fã de corridas de cavalos. Desde então, recebeu o patrocínio de outras onze monarcas. A corrida de verão recebeu o título real em 1911 e tornou-se um dos eventos esportivos mais esperados do ano, combinando elegância indumentária com herança, bravura e tradição”, explica.

A influencer ressalta a importância deste evento no calendário inglês. “O Royal Ascot é o ápice do calendário britânico de corridas de cavalos e o mais valioso do país, com milhões de libras em prêmios. Cada dia de corrida é tradicionalmente iniciado quando Sua Alteza Real e outros membros da Família Real chegam ao longo da pista em landaus puxados por cavalos. Esta Procissão Real assinala o início desde 1825, quando o Rei George IV conduziu quatro outras carruagens com membros da Família Real até a parte de uma milha reta do curso”.


A brasileira também esteve no 5 Hertford Street Club, único clube privado que o príncipe Willian frequenta para socializar com amigos.


“Willian estava neste clube comemorando o aniversário de um amigo, enquanto eu estava com minha filha, que estava completando 18 anos. Isso foi em 2019. Nesses clubes não são permitidos fotos internas. Somente há permissão para entradas de membros e é necessário o mínimo de dois anos na lista de espera. O 5 Hertford Street é o mais exclusivo e difícil de entrar. Lá realmente não aceita qualquer pessoa, mas por alguma razão, depois de dois anos eles me aceitaram e até hoje nem eu entendi como (risos)”.

Para ter acesso aos clubes da alta sociedade britânica como membro são necessárias duas cartas de recomendação. “É necessário ter essa recomendação de alguém que já era membro. Essas pessoas escreviam uma carta dizendo que me conheciam, contando um pouco sobre meus gostos pessoais, sobre minha família, entre outras coisas. Alguns clubes poderiam aceitar essas recomendações e outros não”, diz Mirian, que lembra ainda que antes do casamento, seu marido não costumava frequentar esses locais.


“Até então meu marido nunca tinha frequentado a sociedade inglesa. Ele costumava ser sempre mais reservado e eu, apesar de nunca ter feito questão de todo esse glamour da alta sociedade, sempre fui curiosa e queria entender aquele mundo. Foi aí que comecei a buscar informações de como começar a frequentar esses clubes. Eu já conhecia um pessoal desse meio, que me achava muito querida, e fiz alguns amigos que acabaram me recomendando”, completa.

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